Luna acordou sobressaltada. A claridade que entrava pela janela da pousada invadia o quarto com agressividade, como se o mundo quisesse obrigá-la a levantar e continuar. A noite anterior havia sido intensa, e mesmo com os braços de Leonel envolvendo seu corpo durante o sono, ela não conseguira encontrar paz. As cartas, a foto, as revelações — tudo ainda estava latejando na mente como uma ferida aberta.Sentou-se na cama, puxando o lençol para cobrir o corpo. Leonel ainda dormia, virado de lado, os cabelos bagunçados e a expressão mais leve do que ela jamais havia visto. Pela primeira vez, Luna o viu vulnerável, humano.Ela se levantou, enrolada no lençol, e foi até a escrivaninha onde deixara a pasta de documentos. Sentou-se e começou a reler uma das cartas:"Isa, minha querida,Se você estiver lendo isso, é porque não consegui protegê-la. Me disseram que estão atrás de mim, que vão calar minha voz. Mas se há algo que me conforta, é saber que você nunca esteve sozinha. Seu amor, e ago
Ler mais