Leonel caminhava de um lado para o outro na sala de reuniões particular do seu escritório. Luna estava sentada em uma das poltronas, as mãos entrelaçadas no colo, enquanto o investigador particular contratado por ele — Felipe Duarte, um ex-policial frio e metódico — passava as fotos na tela do notebook.
— Alícia Vasques sumiu do mapa por dois anos após o “rompimento” com o senhor, Leonel — disse Felipe, ajustando os óculos. — Durante esse tempo, ela esteve registrada em clínicas psiquiátricas privadas na Suíça, sob outro nome. Tudo pago por uma conta... de um certo Arthur Farias.
Luna arregalou os olhos.
— Então eles estão juntos há anos?
— No mínimo cúmplices — confirmou o detetive. — E tem mais. O exame de DNA que ela entregou é de um laboratório real, mas… forjado. Consegui contato com uma funcionária que reconheceu a assinatura falsa do médico.
Leonel apertou os punhos sobre a mesa.
— Então essa mulher está usando uma criança que nem sei se existe pra me destruir.
— Exato — respon