A estrada de terra até o antigo casarão Bragança estava tomada por folhas secas e o ar carregado de expectativa. Luna não tirava os olhos da fachada da mansão que, mesmo com a decadência do tempo, ainda exalava poder.
Era ali que tudo começara. E onde, talvez, tudo terminaria.
— Tem certeza que quer fazer isso? — Leonel perguntou, a mão firme sobre o volante, os olhos alternando entre ela e a entrada imponente.
— Preciso. Se minha mãe passou por aqui, eu vou sentir.
Desceram do carro. O portão estava entreaberto, como se alguém os esperasse.
O casarão parecia suspirar lembranças, cada parede sussurrando histórias há muito enterradas. Luna caminhava com passos hesitantes, mas determinada.
Ao entrarem, a escuridão do saguão foi quebrada apenas pela luz da lanterna de Leonel. O cheiro de madeira antiga e segredo pairava no ar.
— O advogado disse que havia algo escondido no salão principal — ele sussurrou.
Chegaram ao local. Era uma sala enorme, com pé-direito alto, lustres empoeirados e