Todos os capítulos do Comprada Pelo Meu Ex Bilionário: Capítulo 31 - Capítulo 38
38 chapters
31. O Romance Com Cláusulas
“Liz Bianchi” O dia finalmente termina, e me permito afundar na cadeira com um suspiro exausto. Meus dedos continuam sujos de grafite, resultado dos intermináveis ajustes que fiz nos desenhos depois da reunião desastrosa com a equipe. A porta se abre e Giulia aparece com duas xícaras de café. — Você parece acabada — comenta, colocando uma das xícaras na minha mesa. — É assim que me sinto — respondo, pegando o café com um sorriso grato. — Este dia parece não ter fim. Giulia puxa uma cadeira e se senta à minha frente, estudando meu rosto. — O que aconteceu? Solto um suspiro pesado, esfregando as têmporas. Por alguns minutos, faço um resumo do que aconteceu. Desde Isabella fingindo simpatia até Chiara, me expulsando da sala do meu marido como se fosse a dona de tudo. — E, para completar, Paolo inocentemente derrubou café na minha amostra de tecido — concluo, fechando os olhos por um segundo. — Que dia, hein — responde Giulia, quase com pena. — E isso é só o início. — Não esto
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32. O Passado Se repete
Ettore mantém os olhos fixos nos meus, como se tentasse ler o que se passa na minha cabeça. Seu rosto continua tranquilo, mas seu olhar muda, se torna mais frio, mais calculado. — Podemos ir embora? — pergunto, num tom mais baixo do que eu gostaria. — Não — responde calmamente, tomando um gole de vinho. — Acabamos de pedir a sobremesa. Lanço-lhe um olhar irritado, percebendo o brilho satisfeito em seus olhos. Ele está gostando disso, claro que está. Mais uma oportunidade de me ver vulnerável, desconfortável. — Como quiser — respondo, tentando aparentar uma calma que está longe de existir. Seguro o guardanapo com força, tentando controlar a ansiedade que cresce dentro de mim. O que deveria ser uma refeição tranquila após um dia caótico se transformou em mais um teste. Mais uma tortura. Desvio o olhar para Marco, que agora está sentado em uma mesa próxima. Ele não nos viu, mas é só uma questão de tempo. O sócio ao lado dele provavelmente já me reconheceu. E então acontece. Marc
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33. Uma Trégua Provisória
Uma semana se passou desde aquele dia caótico, desde aquela noite de farpas trocadas nas escadas. Sete dias de silêncio educado e distância proposital. É como se tivéssemos estabelecido uma trégua não verbal, cada um mantendo-se em seu território. Ettore no escritório, eu no quarto. No café da manhã, interpretamos nossos papéis com perfeição diante dos empregados e seguimos com vidas separadas que raramente se cruzam. Na empresa, é a mesma coisa. Educação fria, profissionalismo exagerado. Como se aquela noite tivesse esgotado todas as emoções possíveis entre nós. É estranho como um único dia caótico parece ter valido por sete dias monótonos. Como se o universo tivesse decidido nos dar um breve respiro antes da próxima tempestade. E a próxima tempestade, aparentemente, é uma viagem de negócios à Suíça. — Liz, essa blusa já está implorando por misericórdia — a voz de Giulia me arranca dos pensamentos. Olho para a peça em minhas mãos, que de fato dobrei e desdobrei tantas vezes qu
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34. A Versão Que Já foi Minha
“Ettore Bianchi” Observo Liz adormecida no assento ao lado, a cabeça levemente inclinada em minha direção. Ela respira suavemente, a expressão serena. Parece tão tranquila agora, tão diferente da mulher tensa que embarcou há meia hora. O avião balança com uma leve turbulência, fazendo-a se mover. Então, num gesto que me pega de surpresa, sua cabeça repousa sobre meu ombro. Levanto a mão, instintivamente, para ajeitá-la e evitar que ela acorde com dor no pescoço, mas paro no meio do gesto. — Por que estou me preocupando com isso? — murmuro, recuando a mão e voltando a pousá-la sobre a perna. Alguns minutos depois, o piloto anuncia o início da descida. — Liz — chamo, num tom baixo, tocando de leve seu braço. — Estamos chegando. Ela abre os olhos lentamente, um pouco desorientada no primeiro momento. Quando percebe que estava praticamente deitada sobre mim, se afasta depressa. — Desculpa — murmura, ajeitando-se no assento. — Nem percebi que dormi. — Você parecia cansada — respo
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35. Temos Tudo Sob Controle
“Liz Bianchi” A chuva se transforma em neve enquanto o céu escurece por completo. Observo os flocos grossos caindo do outro lado da janela, formando um manto branco que começa a engolir a cidade. — O que diz aí? — pergunto, vendo Ettore encarar a previsão do tempo com a expressão de quem mudaria o clima à força, se pudesse. — Tempestade de neve — responde, finalmente levantando os olhos. — Vou continuar acompanhando as atualizações. Caminho até a janela, sentindo um arrepio que não tem nada a ver com a temperatura. O hotel é bem aquecido, mas enquanto observo a neve cair com uma constância teimosa, uma inquietação cresce em mim. — Não parece que vai passar tão cedo — comento, colocando a mão no vidro gelado. — A previsão indica que vai piorar nas próximas horas — diz Ettore, parando ao meu lado, mantendo uma distância segura. — Espero que não afete a feira amanhã. Ficamos em silêncio por alguns segundos, lado a lado, observando a paisagem que se transforma rapidamente em um c
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36. Caindo Na Própria Armadilha
“Ettore Bianchi” O quarto parece encolher conforme as horas passam. Lá fora, a neve cai implacável, transformando Zurique em uma cidade fantasma coberta de branco. — Ettore — Liz me chama, fechando a revista que folheava distraidamente. Quando me viro para encará-la, ela continua: — O que faremos agora que a feira foi cancelada? A encaro por um momento, avaliando as opções, mas ao olhar para ela assim, tão à vontade, minhas ideias não são as melhores. Que porra de tentação é essa? — Podemos aproveitar o tempo para aprimorar a apresentação — sugiro, afastando os maus pensamentos. Liz solta uma risada breve, sem humor. — Claro, porque já não bastasse estar presa em um quarto, ainda precisamos continuar focados no trabalho — ironiza, levantando-se da poltrona em um movimento lento. — Sabe o que eu realmente quero agora? — Me surpreenda. — Um vinho para me aquecer — responde, caminhando até o minibar no canto da suíte. Observo-a abrir uma garrafa de vinho tinto, servindo o líquid
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37. Qual Versão Da Nossa História?
“Liz Bianchi” A confissão dele quase me faz virar para terminar o que começamos, mas escolho ouvir a voz da razão. É mais seguro assim. Qualquer atitude agora poderia nos levar a algo cujas consequências já conhecemos bem demais. E não estamos prontos para enfrentá-las. A tempestade lá fora parece refletir o caos dentro de mim. Violenta. Imprevisível. Devastadora. Quando o sol finalmente aparece, fraco e quase inexistente entre nuvens persistentes, acordo com a sensação de ter apenas cochilado. Ettore já não está na cama. O som do chuveiro vem do banheiro, e aproveito sua ausência para organizar meus pensamentos. Como devemos agir depois do quase beijo de ontem? Depois da confissão sussurrada na escuridão? Fingir que nada aconteceu parece a opção mais segura, embora, sem dúvida, a mais difícil. Ele sai do banheiro alguns minutos depois, já vestido, o cabelo ainda úmido. Seus olhos encontram os meus brevemente antes de se voltarem para a janela. — A neve diminuiu — come
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38. Uma Satisfação Possessiva
“Ettore Bianchi” Os lábios dela sempre foram assim. Suaves. Quentes. Viciantes. Talvez seja por isso que eu nunca consigo resistir a eles. O beijo começa lento, quase hesitante, como se ambos esperássemos descobrir quem vai parar dessa vez. Mas logo se aprofunda, carregado da urgência que nenhum de nós consegue controlar mais. Minhas mãos descem até sua cintura, puxando-a para mais perto. Seus braços se enroscam ao redor do meu pescoço e seu perfume me envolve — familiar, intoxicante. Não é o primeiro beijo desde que nos reencontramos. Mas é diferente. Não é um teste. Não é provocação. Não é descuido. É rendição. — Ettore — ela sussurra contra meus lábios. Não respondo com palavras. Nada que eu diga agora faria mais sentido do que isso. Em vez disso, aprofundo o beijo, deixando meu corpo dizer o que minha mente ainda se recusa a admitir. Caminhamos às cegas pelo quarto, tropeçando nos móveis, rindo baixinho quando esbarramos na mesa. É surreal como a intimidade retorna com ta
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