38. Uma Satisfação Possessiva
“Ettore Bianchi”
Os lábios dela sempre foram assim. Suaves. Quentes. Viciantes. Talvez seja por isso que eu nunca consigo resistir a eles.
O beijo começa lento, quase hesitante, como se ambos esperássemos descobrir quem vai parar dessa vez. Mas logo se aprofunda, carregado da urgência que nenhum de nós consegue controlar mais.
Minhas mãos descem até sua cintura, puxando-a para mais perto. Seus braços se enroscam ao redor do meu pescoço e seu perfume me envolve — familiar, intoxicante.
Não é o primeiro beijo desde que nos reencontramos. Mas é diferente. Não é um teste. Não é provocação. Não é descuido.
É rendição.
— Ettore — ela sussurra contra meus lábios.
Não respondo com palavras. Nada que eu diga agora faria mais sentido do que isso. Em vez disso, aprofundo o beijo, deixando meu corpo dizer o que minha mente ainda se recusa a admitir.
Caminhamos às cegas pelo quarto, tropeçando nos móveis, rindo baixinho quando esbarramos na mesa.
É surreal como a intimidade retorna com ta