Capítulo 112 — O Eco da Luz
O amanhecer chegou silencioso, tingindo o céu de tons alaranjados.
O vento soprava entre os destroços do antigo complexo de Caio, levantando poeira e fragmentos de metal retorcido.
Helena abriu os olhos lentamente, sentindo o peso do corpo e o gosto metálico do sangue nos lábios.
O ar cheirava a ferro queimado e a eletricidade morta.
Por um instante, ela não sabia se ainda estava viva.
O silêncio era quase ensurdecedor, interrompido apenas por alguns estalos vindos das estruturas prestes a ceder.
Ela tentou se mover, mas uma dor intensa percorreu sua perna direita. Miguel, ferido, estava deitado ao seu lado, com um corte profundo no ombro.
— Miguel… — sussurrou ela, tocando o rosto dele com cuidado.
Os olhos dele se abriram devagar. — Helena… conseguimos?
Ela olhou em volta, observando o cenário de destruição. — Eu acho que sim.
A lembrança da explosão ainda pulsava em sua mente.
Iris — a versão viva de si mesma — havia se sacrificado para destruir o núcleo