Capítulo 111 — O Confronto das Sombras
A estrada parecia infinita.
O vento cortava a noite e levantava poeira sobre o asfalto quebrado, enquanto o carro de Helena e Miguel avançava em direção às montanhas.
Lá no alto, o antigo complexo de Caio ressurgia como um monstro adormecido — frio, metálico, silencioso.
O som do motor era o único ruído que quebrava o silêncio.
Miguel olhava para o horizonte, o rosto firme, mas o olhar denunciava preocupação.
Helena, ao lado dele, revisava no tablet os mapas térmicos do laboratório.
— Há pelo menos dez entradas secundárias — disse ela. — Mas todas com sensores térmicos.
— E qual é o plano? — perguntou Miguel.
Helena respirou fundo. — Entrar pelo canal subterrâneo, o mesmo usado anos atrás durante o Projeto Gênesis. Caio deve achar que foi selado, mas eu mantive uma rota de emergência.
Miguel assentiu, mas não conseguia esconder o medo.
— E se for uma armadilha?
Helena olhou pela janela, a lua refletindo nos olhos dela.
— Então a gente vai cair ne