Angeline nem estava com tanta fome, mas a comida era tão saborosa e o clima no restaurante, tão acolhedor, que acabou comendo mais do que esperava. Ainda pensava na conversa estranha sobre ser sua acompanhante. Mas, afinal, ele deixara claro que não precisavam parecer um casal. Então era isso, apenas uma formalidade, para que ele não aparecesse sozinho.
Quando deixaram o restaurante, Dante manteve o mesmo comportamento discreto, porém protetor. Andava sempre do lado da rua e, quando ela, distraída, se aproximava demais do meio-fio, sentia a mão firme dele em seu ombro, guiando-a para dentro da calçada.
No carro, ele hesitou por um segundo diante da porta, como se não soubesse se devia abri-la para ela ou não. Angeline percebeu a confusão breve em seus olhos e sorriu, provocante, abrindo a porta do carona por conta própria.
Dante balançou a cabeça, rendido a um riso curto, antes de dar partida.
Enquanto ele mantinha o olhar atento na estrada estreita, ela se deixava levar pela paisag