31- " Minha acompanhante."

Os dois permaneceram calados, cada um preso em seus próprios pensamentos.

O barulho suave do lago e o murmúrio distante das conversas ao redor pareciam preencher o que eles não diziam. Depois de alguns instantes, Dante colocou os óculos escuros, um gesto simples, mas que Angeline entendeu de imediato: era hora de ir.

Ainda em silêncio, levantaram-se e caminharam lado a lado até o carro. Dante abriu a porta de trás para ela, mas Angeline deu a volta e entrou no banco do carona. Ele arqueou uma sobrancelha, um meio sorriso lhe escapando.

— Claro… por que facilitar? Murmurou, fechando a porta com calma.

Ela riu, satisfeita, lançando-lhe um olhar travesso, o tipo de olhar que dizia que não se deixaria conduzir tão facilmente.

Seguiram viagem sem trocar palavra. Angeline observava o mundo pela janela: os campos abertos, os vinhedos, e pequenas vilas que se misturavam à estrada.

— Para onde estamos indo? Perguntou enfim, sem olhá-lo.

— Lucerna. Respondeu ele, direto.

Ela virou o rosto,
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