18- " Um emprego."

Angeline empurrou a porta da mansão, o coração ainda acelerado, os lábios ainda com o gosto do beijo de Marco.

Os olhos de seu pai a encontraram enquanto ela entrava na sala. Ele não disse nada, apenas se levantou da poltrona e saiu pela lateral, arrastando os passos pesados.

O silêncio pesou sobre ela.

Angeline subiu as escadas lentamente e, ao chegar ao quarto, trancou a porta.

Deixou-se cair na cama, o peito arfando.

Pegou o celular e digitou rápido:

“Preciso de um emprego.”

A mensagem foi para Agnes.

Não demorou nem um minuto para o telefone tocar.

— Emprego? A voz da amiga veio carregada de espanto. — Emprego onde, Angeline?

— Eu não sei... Respondeu com um suspiro. — Qualquer emprego.

— Por que isso agora?

Angeline passou a mão pelos cabelos, o olhar perdido no teto.

— Porque preciso de dinheiro... e de independência. Enquanto eu viver assim, dependendo deles, nunca serei respeitada.

Agnes soltou um riso incrédulo.

— Que bobagem, Angel! O problema não é você não trabalhar
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