Angeline empurrou a porta da mansão, o coração ainda acelerado, os lábios ainda com o gosto do beijo de Marco.
Os olhos de seu pai a encontraram enquanto ela entrava na sala. Ele não disse nada, apenas se levantou da poltrona e saiu pela lateral, arrastando os passos pesados.
O silêncio pesou sobre ela.
Angeline subiu as escadas lentamente e, ao chegar ao quarto, trancou a porta.
Deixou-se cair na cama, o peito arfando.
Pegou o celular e digitou rápido:
“Preciso de um emprego.”
A mensagem foi para Agnes.
Não demorou nem um minuto para o telefone tocar.
— Emprego? A voz da amiga veio carregada de espanto. — Emprego onde, Angeline?
— Eu não sei... Respondeu com um suspiro. — Qualquer emprego.
— Por que isso agora?
Angeline passou a mão pelos cabelos, o olhar perdido no teto.
— Porque preciso de dinheiro... e de independência. Enquanto eu viver assim, dependendo deles, nunca serei respeitada.
Agnes soltou um riso incrédulo.
— Que bobagem, Angel! O problema não é você não trabalhar