O ar da manhã estava frio quando Dante estacionou diante do prédio espelhado da Mancini Transportes e Logística, mas não mais do que ele.
Ajustou o paletó e observou por um instante os carros que chegavam à entrada principal. Um deles, preto e reluzente, parou alguns metros à frente. Marco desceu, ajeitando o terno escuro, seguido de Dario Mancini, o patriarca, que caminhava apoiando-se na bengala.
Dante manteve-se imóvel, as mãos nos bolsos, o olhar fixo nos dois homens até que desapareceram pelas portas de vidro.
Pouco depois, Oton surgiu carregando uma pasta de couro. Entregou-a ao patrão com um leve aceno.
— Está tudo aqui. Disse em voz baixa.
Dante apenas assentiu.
— Vamos.
Os dois atravessaram o saguão e logo foram interceptados por dois seguranças.
— Senhor, o prédio é restrito. O senhor tem reunião marcada? Perguntou um deles, tentando manter o tom firme, embora o olhar vacilasse.
A recepcionista, nunca tinha visto Dante, ficou paralisada por um instante. O homem à sua fren