Do outro lado da linha, alguém observava um retrato antigo, guardado há muito tempo numa gaveta trancada a chave.
— Não adianta recuar agora. Disse a voz firme e sedutora, do outro lado.
— Mas... ele está a um passo de nós.
— Acredite: conheço-o bem, e você também. Se estivesse mesmo a um passo, já teria batido à sua porta.
— Ele ainda confia em mim. Acredita que sou Laerte...
— Ele não pode encontrar a garota. Onde ela está?
— Hungria...
— Acabe com ela. Se ela abrir a boca, qualquer suspeita que ele tenha vai se confirmar.
— Está certo. Onde você está?
— Perto. Ele também não pode descobrir sobre Amália. Por que você não deu fim nela?
— Eu não sabia que ela estaria naquele leilão.
— Pelo menos conseguimos um bom dinheiro por ela... mas agora, ela precisa morrer.
— Se acabarmos com ele, ela é o menor dos problemas. Disse Danilo.
— Ele está apaixonado por ela...
— E o que tem isso? Está com ciúmes? Danilo perguntou, estreitando os olhos e cerrando os punhos, incomodado com a ideia.
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