Ela se assustou com o barulho súbito, virando-se rapidamente.

— O que é isso? Perguntou, os olhos arregalados ao vê-lo com a sacola.

— Para você. Respondeu apenas, entregando-lhe o pacote. E, sem dizer mais nada, saiu do quarto, fechando a porta atrás de si, deixando-a sozinha. Era privacidade, mas também respeito.

Amália ficou ali, parada por um momento, olhando para a sacola em suas mãos. Quando finalmente a abriu, seu coração se aqueceu. Absorventes. Remédios para cólica. Um hidratante delicado. Até uma barra de chocolate.

Sorriu, ainda que um pouco constrangida. Não estava acostumada com esse tipo de atenção. Mas ali havia mais do que gentileza. Havia alguém prestando atenção.

Desceu um tempo depois para o café da manhã. Estava arrumada com simplicidade, os cabelos ainda úmidos caindo soltos sobre os ombros.

Na sala de jantar, Glauco estava sentado à mesa, lendo o jornal com uma xícara de café à frente.

Ela aproximou-se devagar, e antes mesmo de se sentar, murmurou:

— Obrigada.

El