Naquela noite, Amália, depois do banho no quarto de cima, desceu devagar até o porão, vestindo apenas a camisola, a sala estava vazia e na penumbra.
As madeixas soltas escorriam pelas costas, caminhou pelo grande corredor, o chão gelado sob os pés a fez arrepiar.
Mas ao abrir a porta... parou.
O quarto estava vazio.
Sem a cama, sem o baú de cobertas velhas, até a mesa velha desapareceu. Apenas poeira e umidade onde seus pés se acostumaram a buscar abrigo.
Fechou a porta lentamente. Com raiva. E com um certo medo, seu coração batia rápido.
Subiu as escadas com os olhos semicerrados, puxando o tecido da camisola para cobrir melhor os ombros.
Glauco estava no escritório lidando com com algumas demandas do clã. Fechou a pasta, marrom, de couro, abriu a gaveta, viu o envelope deixado sobre sua mesa naquele dia. "Lupo". Cerrou os olhos, um pouco irritado.
Fechou a gaveta e caminhou silenciosamente até a adega, todos na casa já tinham ido dormir, se perguntou onde estaria Amália, enquanto