Glauco observou Manoela entrar pelo corredor.
— Certo. Vamos agora. Ele disse se voltando para Danilo.
Glauco, quase automaticamente, olhou para o topo da escada. Por um instante, pareceu hesitar.
— Não vai tomar café? Perguntou Danilo, de olho na reação dele. Mas não comentou.
— Não. Quanto antes sairmos, melhor.
Amália acordou com um estrondo no corredor. Era Manoela, baldes e vassouras espalhados. De propósito. Sabia que Amália passara a noite com Glauco.
Sentou-se na cama, ainda atordoada. O perfume dele permanecia no travesseiro. Fechou os olhos por um instante. Seu coração acelerou.
Levantou-se e desceu. Na escada, deu de cara com Manoela.
— Ela era tão linda. Disse, com os olhos fixos no retrato de Sofia. — Ele nunca vai amar ninguém como amou Sofia. Quem divide a cama com ele agora... é só distração.
Amália sentiu o impacto. Mas disfarçou. Não respondeu. Apenas passou.
Manoela esperava alguma reação. Mas nada. Ficou com vontade de empurrá-la escada abaixo.
Na cozinha, Nice lim