Glauco olhou para Laerte, que permanecia sério diante de Paolo.
— Fiquem aqui. Vou levar as malas e já volto para conversarmos.
Caminhou ao lado de Amália pela pista. O sol de Sorrento queimava, mas a brisa fresca amenizava o calor. Laerte acompanhava cada passo do irmão, atento, e só desviou o olhar quando Paolo pigarreou.
— Não diga nada a Glauco... não quero preocupá-lo. Disse Laerte em voz baixa.
Paolo balançou a cabeça, desconfortável.
— Sinto muito... mas tenho que contar. Ele é meu chefe. E você melhor do que ninguém sabe que, se descobrir que estou escondendo algo com você, vai ficar furioso comigo.
Laerte suspirou fundo, passando a mão pelos cabelos enquanto olhava para a cena adiante: Glauco entregando a mala ao motorista, e em seguida segurando o rosto de Amália entre as mãos para lhe dar um beijo terno.
Glauco se despediu cheio de recomendações, a voz grave soando quase paternal:
— Coma, descanse, não saia de casa sem avisar.
— Está bem... está bem... Amália respondeu, os