Os dois desceram do carro com olhares atentos, cada passo medido. Sorrateiros, se misturaram às sombras do beco até alcançarem, em poucos minutos, a galeria por onde haviam entrado da outra vez. Com a lanterna, iluminavam o caminho úmido e irregular de pedras, o som de seus passos abafado pelo silêncio pesado do lugar.
Ao chegarem à despensa, encontraram o alçapão trancado pelo lado de dentro. Glauco sacou a pistola, rosqueou o silenciador e disparou duas vezes contra as dobradiças. Com um empurrão firme dos ombros, conseguiu soltá-lo. Paolo terminou de abrir a pequena porta de metal, que se ergueu rangendo.
Fitas listradas interditavam o local, mas eles avançaram, ora passando por baixo, ora pulando por cima. Pelos corredores e salas, vasculhavam cada canto. Havia papéis espalhados pelo chão, cacos de vidro, taças quebradas e cadeiras tombadas, vestígios da correria que ali acontecera.
Glauco seguiu direto para o corredor onde lembrava de ter visto o anfitrião ser resgatado pelos seg