Amália sem encará-lo:
— É para o risoto.
— Ok . Respondeu, dirigindo-se à adega e retornando com uma garrafa nas mãos.
Ela agradeceu, mas hesitou ao ver que estava lacrada.
— Poderia abrir para mim?
Ele a olhou. Os olhos azuis dela sempre pareciam lhe dizer mais do que as palavras.
— Vamos lá. Respondeu, pegando a garrafa e caminhando à frente.
Na cozinha, Amália manteve certa distância. Observava os movimentos dele: a firmeza ao girar o saca-rolhas, a leveza com que mexia a colher e provava o risoto.
Ele não disse nada. Mas seu silêncio bastava: Ela havia acertado o sabor.
Ele serviu um pouco de vinho no risoto. Deu um gole direto do gargalo do restante e então disse:
— Pode ir tomar seu banho. Eu termino “nosso” jantar.
Ela piscou, sem esconder o rubor. Apenas assentiu e saiu apressada, esquecendo a água.
Quando retornava para buscá-la, esbarrou com Glauco na cozinha..
— Onde está indo?
— Buscar água...
— Creio que, apesar do episódio de ontem, você não pretende fugir. Pegue suas c