Sentada na sala de espera do hospital, a angústia me corroía. A cirurgia de transplante de coração da minha irmã estava em andamento, e a cada minuto que passava, a preocupação aumentava. Kim, minha amiga, me fazia companhia, repetindo insistentemente: "Vai ficar tudo bem!", mas as suas palavras soavam ocas diante da imensidão do meu medo. Havia avisado meu pai, mas ele, como sempre, estava "ocupado". Horas depois, o vi num bar com os amigos, e a decepção me atingiu com força. Como ele havia se tornado tão insensível?
O tempo se arrastava, cada segundo uma eternidade. Finalmente, o médico cirurgião apareceu. Levantei-me, apreensiva, o coração a ponto de explodir.
__ "E aí, doutor?", perguntei, a voz tremendo.
__"A cirurgia foi um sucesso", ele respondeu.
Um alívio imenso me invadiu, um peso imenso se esvaiu do meu peito. Abracei o médico sem pensar, um gesto impulsivo de gratidão e alívio. __"É verdade isso, doutor?", perguntei, ainda incrédula. "
__Sim", ele confirmou. "