Para seu recomeço. — S.
Um mês.
Trinta dias desde que a chuva lavou a cidade e levou consigo o último suspiro da mulher que pôs Giulia no mundo.
Trinta dias desde que eu a abracei em silêncio, a carreguei nos braços, e a deixei dormir com o coração em pedaços — nos meus braços, nos meus dedos, nos meus sonhos.
Desde então, o mundo girou depressa.
O que sobrou dos Russos tentou resistir. Pequenos focos de insurreição surgiram no norte, e um ou outro desavisado ousou cuspir meu nome como se fosse uma ameaça ultrapassada.
Não durou.
Em menos de quatro semanas, a paz foi estabelecida. Definitiva, sólida.
E pela primeira vez, desde que me tornei quem sou, ganhei mais do que medo: ganhei respeito.
As famílias me olham com reverência.
Os acordos são firmes.
O meu nome circula em silêncio, com o peso de quem agora governa em equilíbrio.
O império está limpo.
E o caminho livre.
Livre… para amá-la.
Mas eu ainda não fui.
Passei os últimos finais de semana em Siracusa. Observando de longe.
Giovanni organizava tudo