Amanhã eu me casaria.
A campainha tocou no meio da tarde.
Serena estava no jardim organizando as referências de flores com o decorador e eu estava sentada na bancada com uma taça de água com limão, já exausta de tomar decisões sobre guardanapos e talheres.
Quando abri a porta, ali estava ele.
Marco. De jeans escuro, camisa preta dobrada nos antebraços e aquela expressão de quem já tinha mil perguntas engatilhadas.
— Giulia. — Ele me olhou de cima a baixo, avaliando tudo. — Casa de novela, vestido de noiva chegando pelo correio… Você me explica o que tá acontecendo ou eu preciso ir atrás de respostas no cartório?
— Entra, Marco. — Suspirei, tentando conter o sorriso.
Ele entrou, os olhos varrendo o ambiente como se fosse um policial disfarçado num covil de mafiosos. Que, tecnicamente… não era tão longe disso.
— Então… — disse, sentando no sofá, com os cotovelos apoiados nos joelhos. — Vai se casar com o Don?
— Em poucos dias.
— Você parece bem.
— Eu estou bem.
Ele me encarou por um longo tempo, e só então f