O domingo chegou sem pressa, envolto numa luz dourada que entrava pelas janelas brancas como um sussurro. Eu acordei com os lençóis ainda bagunçados, o corpo exausto e satisfeito, e a mente… estranhamente em paz.
Salvatore ainda dormia ao meu lado, com o rosto virado para mim, o maxilar relaxado e a respiração profunda. Ele parecia menos Don e mais homem ali — com a sombra da barba e o peito subindo e descendo devagar. Por um instante, eu apenas o observei. Como se guardar aquela imagem fosse um tipo de defesa contra tudo que viria depois.
Desci descalça para preparar café. Achei frutas, pão, e até um pote de geleia. Coloquei tudo numa bandeja e levei até a varanda dos fundos. A brisa da manhã ainda tinha gosto de sal. O mar continuava ali, eterno, como se não ligas