Ponto de Vista de Sebastian
O silêncio dentro da minha mente não significa paz.
Significa apenas que o demônio está… observando.
Quando ele cala, é porque quer ver o que eu faço sozinho.
É como se estivesse estudando meus impulsos, minhas escolhas, minhas fraquezas. E eu odeio admitir, mas parte de mim ainda acredita que posso manter algum controle. Algum pedaço do homem que fui antes de morrer e voltar marcado pelo inferno.
Mas tudo que sinto é um vazio queimando por dentro.
E eu precisava respirar.
Precisava fugir do cheiro de sangue, da caverna, dos lobos deformados, da sensação de que minha pele não me pertence mais.
Então fiz o que sempre fiz quando precisava “me reencontrar”.
Fui até um dos meus velhos refúgios.
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A boate ficava escondida entre vielas úmidas, bem no submundo da Irlanda. Ali ninguém fazia perguntas. Ninguém olhava duas vezes. E ninguém sobrevivia se ousasse cruzar meu caminho no passado.
Era uma réplica de tudo que construí anos atrás.
As luzes vermelhas.