Amara
Eu escuto um silêncio dentro do ambiente, mas não consigo me levantar do chão deste banheiro. Meus braços estão sangrando e meu corpo está extremamente cansado. Por mais que eu tente manter os olhos abertos, não consigo; é como se eu tivesse perdido todas as minhas energias. Minhas esperanças de sair viva daqui e voltar para casa já acabaram no momento em que ele gritou, falando que tinha me comprado. Agora, sou apenas uma mercadoria.
Por um momento, penso: “Será que minha amiga Jaqueline teve o mesmo destino, nas mãos de homens, ou melhor, de monstros cruéis como os que me prenderam?”. Esse medo atinge meu coração.
A única coisa que consigo fazer é me entregar à escuridão. Fecho os olhos. “Não adianta ficar viva e ser uma prisioneira”, penso. Com esses pensamentos, acabo adormecendo.
Quando acordo, estou em uma cama. Meus braços estão enfaixados e há soro na minha veia. Uma mulher loira me observa. Olho em volta e vejo os dois homens sentados, com expressões de preocupação.