Arthur
Enquanto nossa companheira chorava trancada no banheiro do hotel, decidimos agir. Meu irmão estava impaciente, tomado pela fúria que só um alfa conhece, e eu sabia que não havia nada que pudesse detê-lo. O beta nos guiou até um lobo solitário que trabalhava na boate onde havíamos comprado nossa garota.
Nossos soldados já o haviam capturado e levado para as redondezas da cidade, em um terreno afastado, onde não havia olhos humanos para testemunhar o que viria a acontecer. Quando chegamos, o lobo estava ajoelhado, com correntes de prata queimando sua pele e feridas abertas pelo corpo. Respirava com dificuldade, mas ainda tinha ousadia no olhar.
Apolo desceu do carro primeiro. O peso de sua presença bastava para fazer qualquer criatura tremer. Com passos firmes, aproximou-se do prisioneiro e, com a voz de alfa que ecoava como trovão, ordenou:
— Quero que me diga tudo sobre aquela casa noturna. E principalmente sobre as mulheres que são vendidas lá. De onde elas vêm?
O lobo ergueu