Amara
Apolo me coloca em um sofá imenso em uma sala ampla, decorada com antiguidades que pareciam ter séculos de existência. Havia quadros enormes com molduras douradas, vasos delicados, móveis pesados e elegantes. Era como se eu tivesse voltado no tempo e entrado direto na era vitoriana. Meus olhos percorriam cada canto com fascínio e desconfiança, quando de repente uma garota, provavelmente da minha idade, surgiu correndo em direção aos dois irmãos e os abraçou com carinho.
Por um momento, uma pontada de ciúme queimou dentro de mim. Mas logo percebi a semelhança entre eles. A garota tinha o mesmo ar angelical, os cabelos loiros lisos, olhos azuis claros, embora fosse mais baixa e delicada.
— Esta é a nossa companheira, Amara — disse Arthur, me apresentando com entusiasmo.
A garota me olhou de cima a baixo, os olhos frios, avaliadores, carregando algo que eu não consegui decifrar de imediato. Em seguida, voltou-se para os irmãos e começou a se expressar em linguagem de sinais. Me sur