A casa estava mergulhada em um silêncio estranho depois que o Conselho partiu. As paredes guardavam segredos, e até a lua parecia observar atenta pela grande janela da sala de pedras.
Naquele silêncio, a Banshee caminhava sozinha pelos corredores, o vestido escuro arrastando pelo chão, como um espectro. Sua presença sempre fora respeitada e temida. A voz, quando se libertava em gritos proféticos, carregava o peso da morte e do futuro. Mas nem sempre ela queria falar. Nem sempre ela queria saber.
Foi então que seus ouvidos sensíveis captaram o som de vozes vindas do salão menor. Reconhecia de imediato: Apolo e Arthur. O sangue do seu sangue. O orgulho e a vergonha de sua vida.
Aproximou-se devagar, sem fazer barulho. O dom da Banshee não era apenas gritar — era ouvir o que ninguém queria que fosse ouvido. E assim, parada na sombra do arco de pedra, escutou.
As palavras dos filhos eram cheias de dor, ciúme, raiva e, acima de tudo, medo. Falavam de Amara como se ela fosse o início e o fi