A porta do quarto se fechou atrás deles, deixando Amara sozinha no silêncio da noite. Arthur e Apolo caminharam pelos corredores de pedra até o salão menor, um espaço afastado, quase sempre vazio. O fogo na lareira ainda queimava, lançando sombras irregulares pelas paredes, mas o ambiente estava frio.
Apolo jogou-se na poltrona com violência, o punho cerrado e os olhos faiscando. Arthur permaneceu de pé, andando de um lado para o outro como uma fera enjaulada. O silêncio era pesado, até que Apolo finalmente falou, a voz baixa, mas carregada de fúria.
— Eu não aguento mais, Arthur. — Seu olhar se fixou nas chamas, mas não enxergava nada além da imagem dela. — Ela não confia em nós. Não entende o que significa ser companheira. E ainda pensa em ir embora.
Arthur parou, virando-se para o irmão, os olhos azuis escuros cintilando com a mesma dor.
— Você acha que eu não sinto isso também? — respondeu, quase num sussurro cortante. — Eu vejo no olhar dela… ela nos compara com aquele humano. Ac