Ponto de vista de Arthur
Eu nunca gostei de reuniões cheias, de banquetes formais ou de cerimônias que forçam sorrisos. Mas, naquela manhã, eu decidi que era necessário. Não por mim, nem por Apolo — mas por Mara.
Desde a chegada dela à alcateia, tudo se tornou um campo minado. Primeiro, os olhares de julgamento. Depois, a ousadia de Priscila em tentar manchar o nome da nossa companheira. Como se não bastasse, houve ainda o ataque covarde de alguns dos nossos lobos, que ousaram erguer as mãos contra ela. Aquilo queimava em mim como ferro em brasa. Eu podia perdoar ofensas a mim mesmo, mas não a ela. Nunca.
Por isso, na noite anterior, chamei Ralph, meu Beta, e dei a ordem:
— Amanhã, ao amanhecer, quero um café da manhã para toda a alcateia. Não apenas um café simples. Quero a mesa farta, quero os guerreiros, os anciãos, os jovens em treinamento, todos. Prepare tudo.
Ralph, leal como sempre, apenas inclinou a cabeça e respondeu:
— Como desejar, meu Alfa.
Ele não precisou perguntar o mot