Mundo ficciónIniciar sesiónGianna Davies fue ofrecida como ofrenda de paz cuando el plan de su manada fracasó y no lograron derrocar a los Ashbourne, líderes de la manada «La Luna susurrante». La infancia de la loba transcurrió en medio de humillaciones por los crímenes de su manada, pero sobrevivió. Gianna entrenó por su cuenta y no tuvo miedo de enfrentarse al joven Darragh Ashbourne, hijo del líder de «La Luna susurrante», pero perdió y como castigo recibió quince latigazos. Desde ese momento Darragh Ashbourne no pudo olvidarse de la pequeña loba que lo desafió y casi lo venció, pero no volvieron a hablar. Hasta esa noche, años después, cuando Darragh invita personalmente a Gianna a la fiesta de Año Nuevo. Él se disculpa. Ella lo rechaza. Pero en medio de esa disputa, la magia ancestral surge entre ellos y sienten algo nuevo fluir por sus venas, ¿acaso la leyenda es verdad y ellos están destinados a estar juntos? Sin embargo, su reencuentro se ve opacado por un misterioso ataque y pronto descubren que una nueva amenaza se cierne sobre ellos.
Leer másSenti mais um corte em minha pele e a dor simplesmente se somou a todas as outras, a todos os cortes que já recebi hoje por causa dessas chicotadas… Teve uma época que eu me importava, que implorar para pararem ia me ajudar em alguma coisa, mas a única coisa que recebia eram humilhações ainda piores.
Em algum momento achei que tudo isso era injusto, mas aprendi rapidamente que isso não importa, não para mim… Se fosse uma outra pessoa, então outros tentariam defender, mas eu? Eu não tenho suporte nenhum.
Quantas vezes eu pensei que ia morrer e desejei que isso fosse verdade, mas no final eu apenas desmaiava e depois de um tempo acordava… Nem mesmo a Morte me deseja. Instintivamente meus lábios se curvaram um sorriso breve, antes que mais uma chicotada atingisse minhas costas.
Não sei quantas chicotadas mais aconteceram até que soltaram meus punhos que estavam presos em correntes envolta e presas em um gancho. Cai ajoelhada, mas apenas para escutar o riso daqueles que estavam ao meu redor e não demorou para que sentisse minhas costas arderem, um líquido frio e muito dolorido derramado em minhas costas, um líquido misturado com várias ervas de cicatrização, mas também partículas de prata, acrescentadas apenas para doer mais…
“Pronto, parou de sangrar! Agora levanta e vai terminar de limpar os banheiros dos guerreiros!” A voz de Alpha Julian ecoou.
Quando parei de gritar eles haviam ficado com raiva e suas torturas só aumentaram, mas eu me adaptei e agora não importa o que eles façam, eu simplesmente não grito mais… Eu até parei de falar.
Confirmei com a cabeça, indo até o canto, pegando a blusa velha e colocando e caminhei em direção ao lugar indicado. Ao galpão onde a maioria dos guerreiros sem companheiras ficava. Era um lugar nojento, eles sequer tinham ideia do que era higiene, mas queriam sempre tudo limpo e geralmente eu quem limpava, ou então alguma Omega que estava sendo punida também era mandada para esse lugar.
Fui até o lugar onde ficavam os baldes, água limpa e outros produtos de limpeza, arrastei meu corpo até chegar na área dos banheiros e como sempre eles estavam imundos, havia sujeira em todas as paredes, inclusive no teto.
Vai demorar algumas horas para eu terminar de limpar tudo e nesse meio tempo a dor é constante, mas pelo menos as dores nas costas se sobressaem a dor da fome, meu estômago se acostumou a receber pouca comida e eu geralmente bebo mais água. Escutei em algum lugar falando que sem comida o corpo pode viver mais tempo, mas não sem água… Claro que ninguém sabe disso, muito menos sabem que eu costumo comer os restos de comida que eles jogam, quando estou varrendo e vejo que tem algo que possa ser aproveitado eu consigo esconder para comer depois.
Nem eu sei porque faço isso, afinal de contas sem fazer essas coisas eu morreria, bom… Não é bem assim, eu falei antes, mesmo quando fiquei sem comer e sem beber nada, ainda assim acordei depois de alguns dias… O Alpha tinha ordenado que me alimenta o suficiente para que eu não morresse.
Acho que uma parte minha ainda quer um pouco de alívio da dor, porque esperanças eu não tenho mais. Eu sou apenas uma escrava, uma sem voz, eu nem lembro meu nome…
Patético, não é? Mas eles conseguiram tirar tudo de mim, a única coisa que ainda não conseguiram foi a minha vida, mas é apenas para que eles continuem me torturando.
Escutei o som da porta do banheiro ser aberta, eu já sabia quem era, Bryan, o futuro Gamma, uma das pessoas que mais adorava atormentar a minha vida, eu já estava terminando o serviço…
“Olha só… A coisa…” A voz dele fazia os cabelos da minha nuca se arrepiarem, eu nunca gostei dele, desde criança, sempre achei que tinha alguma coisa errada…
Mas quer dizer, deve ter algo errado com todo mundo, para gostarem de torturarem alguém… Ou provavelmente eu estou errada mesmo e é normal fazerem esse tipo de coisa.
Continuei passando o pano no chão, um pouco mais perto das pias, o som dos passos dele vai até um dos lugares e escuto o som de líquido batendo contra o mármore… Mas eu sei que ele não está fazendo no vaso e sim no chão.
Levei o pano a pia que ia deixar por último, liguei a água e comecei a lavar o pano, já sabendo que ia usar ele para limpar o chão sujo onde Bryan estava. Escutei o som do zíper sendo fechado e logo os passos pesados dele em minha direção, senti ele segurar meus cabelos pelas pontas, com força e no segundo seguinte estou caída no chão, com a cara no mijo dele. Meu corpo reagia automaticamente já, por isso não me dei ao trabalho de reclamar, eu já esperava por algo assim, ainda bem que estou com o pano em mãos.
“Anda logo, limpa ai! Só para isso mesmo que você serve, coisa.”
Ajustei minha posição ajoelhada, comecei a limpar o chão, passando o pano primeiro no chão, deixando apenas uma ponta sem sujar e logo escutei a risada dele e ele foi embora. Respirei fundo assim que voltei a ficar sozinha, levantei e fui até a pia, limpando o rosto e também as pontas dos cabelos que haviam sujado.
Eu não deveria me importar muito com minha aparência ou com o meu cheiro, bom a primeira eu realmente não me importo, quanto mais feia eu ficar melhor é… Mas pelo menos tento me manter limpa, da melhor forma que consigo.
Olhei no espelho e vi meu reflexo, meus cabelos pretos sem pentear, meu rosto agora um pouco mais limpo, meus olhos verdes refletem o brilho da luz e é algo que não consigo esconder, eles são lindos, mesmo por trás da minha expressão sem expressão, neutra.
Quando eu fiz 16 anos foi basicamente minha ruina, porque meus olhos ficaram ainda mais límpidos, mais belos e brilham como duas pedras… O que significa que eles me limparam, colocaram boas roupas e depois fizeram um leilão.
Minha primeira vez foi exatamente como o resto de minha vida, com muita dor e depois muita risada… Mais uma coisa para eu me acostumar, toda vez que vinham me arrumar eu já sabia que era para uma situação assim.
Toquei meu reflexo e pela primeira vez imaginei se seria melhor eu ser cega… Assim eles não poderiam mais se aproveitar disso e não teria mais nada para que eles achassem bonito em mim.
Fechei meus dedos com força e me afastei do espelho, tentando controlar essa vontade de arranhar meu rosto e desfigurar essa expressão. Terminei de limpar o banheiro, deixei brilhando e saí.
Usando as sombras eu simplesmente passei por todos sem ser notada, até chegar a cozinha, já posso sentir o cheiro da comida sendo preparada, mas fui para a parte de tras, deixei os produtos de limpeza lá, limpei meu rosto e também minhas mãos e fui em direção a parte de trás da cozinha, vendo a pilha de louça para lavar.
Essa parte ficava separada do resto do lugar e eles apenas jogavam as coisas pelos buracos e eu tinha que lavar tudo e colocar no lugar certo. Desta forma não havia muitos restos que eu pudesse salvar.
Escuto minha barriga roncar, mas ignoro e começo o meu trabalho… Afinal de contas não quero mais uma surra antes da noite terminar, afinal eu tenho que acordar muito cedo no dia seguinte.
Geralmente nesses casos eu simplesmente tento não prestar atenção à conversa na cozinha, mas o pessoal está falando alto demais.
“Será que vou encontrar meu companheiro?” Jasmine perguntou, com sua voz aguda.
“Vai sim! Você é uma das nossas Omegas mais bonitas! Mesmo um Beta ia ficar feliz em ter você como companheira!” Rebeca logo respondeu.
“Eu nem acredito que a matilha foi escolhida para sediar o Grande Baile.” Jasmine estava realmente bem alegre com essa notícia.
Eu já escutei alguma coisa sobre esse tal baile, parece que é uma festa que acontece a cada ano… Varias pessoas que não tem companheiros vão para eles para tentarem encontrarem seus destinados…
É só mais uma coisa que eu não vou participar e ainda bem, eu só quero desaparecer… Respirei fundo, um tanto cansada… Espero só que o Alpha não resolva fazer seus leilões em uma festa assim.
Estremeci, isso é uma das poucas coisas que eu ainda me importo… Odeio quando me tocam assim, odeio sentir esse tipo de sensação, é uma das piores que existem.
“Várias matilhas vão vir! Ahhhh!” Jasmine deu um gritinho bem agudo. “Fiquei sabendo que até mesmo os Lycans e alguns vampiros vão aparecer!”
Alguns outros gritinhos foram escutados, toda a cozinha ficou em alvoroço. Eles realmente estavam felizes…
Bom, eu também estou aliviada, com toda essa bagunça a quantidade de louça para lavar deu uma diminuída, mas continuei fazendo barulho como se ainda tivesse bastante coisa, afinal de contas eu não sou burra, só não me importo com muitas coisas.
Jana estaba ahí, mirándola con sus ojos azules, idénticos a los de Gianna. Era como mirarse en un espejo roto. Gianna giró el rostro y vio a otra mujer junto a ella, parecida a ambas, pero con ojos de un azul más claro.Mark se encontraba detrás, con una expresión seria, y los siguió cuando entraron a la casa.Los recién llegados se tensaron al instante. Darragh, recargado contra la pared con los brazos cruzados, los miraba con una expresión severa que parecía congelar el aire. Al otro extremo estaba Irene, cuya mirada fija en Jana prometía que la persecución en el bosque no había terminado.Jana tragó saliva y se dejó caer en el sofá, acompañada por su madre y Mark. Sus movimientos eran lentos, cautelosos.Gianna tomó asiento en un sillón individual, frente a ellos. Durante unos segundos, organizó sus pensamientos antes de hablar.—Quiero saberlo todo —dijo finalmente con voz temblorosa—. Por favor.La madre miró a Jana, quien asintió con nerviosismo. Luego, la mujer comenzó a hablar:
Gianna llevó la taza de té hasta sus labios, disfrutando de cómo el calor de la bebida se deslizaba suavemente por su garganta. Envuelta en una cómoda chamarra que le brindaba una cálida protección, se sentía tranquila, aunque no hacía tanto frío como en otras épocas del año.Era verano en Chicago, y la brisa que soplaba desde el lago cercano añadía un leve frescor al ambiente. El vasto espejo de agua se extendía frente a ella.Gianna estaba en el balcón de una de las mansiones de los Ashbourne, un refugio frente al lago donde ella y Darragh pasaban su luna de miel. No habían podido disfrutarla inmediatamente después de la boda. Ser alfas de la manada conllevaba responsabilidades, y ambos se sumergieron de lleno en el trabajo. Asegurar que los lobos se sintieran protegidos y reconstruir los cimientos del grupo tras tantas pérdidas demandó más tiempo del que imaginaron.Habían perdido demasiado: amigos, familiares, incluso la confianza plena en la paz. Gianna recordaba con frecuencia l
Rowan odiaba las reuniones con hombres lobo. Siempre volvían a su forma humana y, en lugar de vestirse adecuadamente, solían cubrirse con batas de dormir. Para el vampiro, aquello se sentía como una incómoda fiesta de pijamas, pero no había otra opción.Darragh, ya transformado, se observaba en un pequeño espejo del estudio con una mezcla de curiosidad y desconcierto. Físicamente, lucía exactamente igual que antes, pero él sabía que algo había cambiado.Gianna estaba a su lado, estudiándolo con atención. Sus ojos se movían de un lado a otro, buscando alguna diferencia en el rostro de su mate. Finalmente, se acercó lo suficiente para olfatearlo, rozando su nariz contra su brazo.—¿Qué haces? —preguntó Darragh, sonriendo con suavidad mientras inclinaba la cabeza para besarla en la coronilla.Ella no respondió, pero su vínculo le permitió entender que también notaba algo distinto. Físicamente, Darragh parecía el mismo, pero su conexión ahora era más intensa, más vibrante.Darragh apartó
El último aullido vino de Darragh, un sonido profundo, cargado de fuerza y dolor. Su ronco llamado resonó en el aire, vibrando en el pecho de todos los presentes. Era la proclamación del nuevo alfa. La manada lo sintió y lo aceptó.André, al verse enfrentado, lanzó un ataque desesperado. La batalla volvió a encenderse con una ferocidad renovada.Darragh enfrentó a André directamente. Aunque el traidor peleaba sucio y había traído consigo refuerzos que no dudaban en atacar al nuevo alfa, Gianna estaba ahí, cubriendo su espalda.La loba respondía a cada amenaza con movimientos precisos y brutales, su agresividad superando incluso a la de los machos más fuertes. Su entrenamiento y determinación brillaban en cada enfrentamiento, haciendo retroceder a sus enemigos.A través del vínculo, Gianna y Darragh estaban sincronizados de una forma que confundía a André. Los ataques a traición eran anticipados y repelidos sin esfuerzo, como si compartieran un solo cuerpo y una sola mente. Muy tarde,
Cornelia la tenía sujeta por el cuello a Nerea, sacudiéndola como si no fuera más que un muñeco de trapo. Kilian intentaba desesperadamente acercarse, pero un grupo de lobos bloqueaba su camino.Y entonces Darragh la vio. Gianna, o quien él creía que era ella, observaba la escena.El lobo negro no dudó. Corrió hacia ellos, destrozando a los enemigos con una rabia primitiva. Los lobos que lo enfrentaban sucumbían rápidamente ante sus mordidas, los huesos crujían con una facilidad aterradora. Su sola presencia sembraba el miedo; algunos retrocedían sin siquiera intentar enfrentarlo.Pero no fue lo suficientemente rápido.El último chillido de Nerea resonó en el aire como un eco interminable. Cornelia torció su cuello con un movimiento certero y dejó caer el cuerpo sin vida de la hembra alfa.Darragh rugió, una mezcla de dolor y furia que sacudió el aire a su alrededor. Sin detenerse, se lanzó contra Cornelia, derribándola con todo el peso de su cuerpo mientras Kilian corría hacia el cue
Gianna despertó en un remolino de confusión. El frío del suelo metálico de la camioneta se sentía áspero contra su mejilla mientras las vibraciones del vehículo resonaban en sus oídos.Intentó mover el cuerpo, pero estaba agotada, sus músculos parecían de plomo. Optó por quedarse inmóvil, su mente luchando por desentrañar qué había sucedido.Y entonces lo recordó.Esos ojos azules idénticos a los suyos, llenos de una intensidad aterradora.«Fue ella todo el tiempo», pensó Gianna, mientras un atisbo de energía le permitía levantar un poco la cabeza. Desde su posición, logró ver una ventanilla que daba al asiento delantero.—Está despertando —dijo una mujer al volante, con un tono de alarma.—Tendremos que volver a sedarla —respondió alguien desde el asiento del copiloto.—Cornelia dijo que con una inyección sería suficiente.—Pues evidentemente no es así, porque está…Un estruendo sacudió el techo de la camioneta. Las mujeres soltaron un grito al unísono.—¡¿Qué fue eso?! —chilló la co
Último capítulo