Capítulo 32.

JÚLIA NARRANDO:

— O quarto de hóspedes é logo ali. Roupa de cama limpa, toalhas no banheiro. Fica à vontade.

Só isso. Nenhuma pergunta, nenhuma exigência, nenhum comentário inapropriado. Só aquele olhar sério, um pouco cansado, e a voz firme de quem estava me oferecendo um pouco de paz, mesmo sem saber.

— Obrigada — sussurrei, sem coragem de encará-lo de verdade.

Caminhei devagar pelo corredor que ele indicou. O salto das sandálias já incomodava meus pés, o vestido pesava no corpo como se fosse feito de chumbo. Cada passo parecia carregar mais do que cansaço físico, era o peso de tudo o que aquela noite significou. O reencontro com o passado. A dor escancarada. A humilhação que eu ainda estava tentando digerir.

Quando entrei no quarto de hóspedes, fechei a porta com delicadeza, como se não quisesse incomodar nem mesmo as paredes. O espaço era claro, minimalista, bem decorado. A cama feita com perfeição, as almofadas alinhadas, o abajur aceso emitindo uma luz suave. Havia um armá
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