Capítulo 31.

JÚLIA NARRANDO:

Cheguei ao apartamento dele sem pensar. Sem resistir. Sem conseguir formar uma única frase com coerência. Eu só queria sair daquele lugar. Só queria fugir da dor. Do rosto do Fernando. Do brilho nos olhos da Carolina. Do som das palmas. Daquela imagem de um pedido de casamento feito com o mesmo entusiasmo que, um dia, eu sonhei que seria pra mim.

Mas não foi.

Nunca foi.

O elevador subiu em silêncio. Gabriel ao meu lado, quieto, tenso, mas com uma presença que dizia tudo. Ele não me tocou. Não falou. Só ficou ali. Como se soubesse que qualquer palavra errada naquela hora poderia ser um gatilho. E ele tinha razão.

Quando a porta do apartamento dele se abriu, fui recebida por um espaço amplo, moderno, iluminado pelas luzes frias da cidade que entravam através de uma parede inteira de vidro. Piso de mármore, móveis escuros, cheiro amadeirado. Um lugar de alguém que queria controle sobre tudo.

— Fica à vontade — ele disse, tirando as chaves do bolso e jogando sobre o
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