Minha vida virou uma piada. Uma merda sem sentido.Fui enviado numa missão simples — ou pelo menos era o que me disseram. "Use discrição", me disseram. E eu obedeci. Tentei me infiltrar, tentei agir com cautela, evitar alarde. Só que, no final, falhei. Falhei feio.A maldita deputada assinou o acordo com a BioCell. E, com isso, enfiei um espinho direto no rabo do nosso sócio, a LuminaCorp — braço direito da BioCom, empresa que tecnicamente ainda me paga o salário.A missão era clara: eliminar a deputada antes da assinatura. Simples, direto, limpo. Mas eu não consegui adentrar a merda do escritório que ela estava enfurnada, em um dos arranha-céus de Manaus, era para ser discreto, mas fiquei puto porque podia ter metido o pé na porta, só que soube depois que o importante era não ligar a BioCom ao ato, não era exatamente a ação ser discreta mas eu, como agente de campo.Mas aí veio a reviravolta. Quando achei que tudo estava perdido, descubro pelo maldito relatório que Jair o Leão, aquel
Na madrugada do terceiro dia, a sorte me deu um aceno.Uma van de suprimentos atrasada chegou por uma das entradas laterais — a mesma que usavam para descarregar caixas desde o primeiro dia. Estava com o vidro embaçado, o motorista irritado. Dois cientistas abriram os portões automatizados com um controle externo.E ali, entre a pressa e a distração, entrei.Agachei atrás de um dos contêineres de transporte e esperei. Cada passo que dei depois disso foi cronometrado com precisão. Os sensores estavam todos ativos, mas os espaços entre as entradas de carga e os deslocamentos humanos criavam janelas. Três segundos aqui. Sete ali. Nada mais.Me esgueirei por entre paletes de aço e cilindros de criogenia, me movendo como uma sombra ansiosa. O uniforme térmico que roubei de um dos cabides na lavanderia ajudava a mascarar minha assinatura no espectro.Do lado de dentro da estrutura, o corredor era longo e bem iluminado. Pisos brancos com linhas vermelhas sinalizando áreas de risco. Segui o s
A cidade ainda dormia sob o brilho tênue dos letreiros holográficos. A moto cortava as ruas silenciosas com seu ronco grave e constante, faróis iluminando o caminho enquanto o vento chicoteava meu rosto. O prédio mais alto da zona corporativa surgiu como uma torre de vidro e aço no horizonte. Ali, na cobertura, Alessandro me esperava — ou pelo menos, o que restava dele.Estacionei com firmeza, descendo da moto num movimento automático. O capacete ficou pendurado no guidão. Meu coração já batia forte antes mesmo de eu pisar no elevador privativo. O código de acesso piscou em verde, digitado com dedos ansiosos.Aurora recebeu uma mensagem: Ele estava trancado, com febre e tremores. Algo o estava destruindo por dentro. E mesmo sem entender o porquê, algo em mim me puxava até ele com urgência.O elevador deslizou até o topo. As portas se abriram com um sussurro metálico. A cobertura estava mergulhada em uma penumbra suave. O chão frio sob meus pés. O silêncio era espesso, opressor.— Ales
O calor me sufocava.Era como se eu estivesse submerso em um mar fervente, lutando para respirar enquanto ondas invisíveis me puxavam para baixo. Eu me debatia dentro da febre, perdido em um labirinto de sensações: dor, desespero, vazio.E, no meio do caos, havia ela."Kira..."Seu nome escapava dos meus lábios como uma oração, um pedido mudo de socorro, enquanto a febre devorava meus sentidos. Eu não a via, mas a sentia — um farol de presença no meio da escuridão. Algo primal em mim se agarrava a ela, desesperado, como uma âncora num mar revolto.Então algo mudou.Dentro do meu peito, uma vibração estranha começou a pulsar. Um calor diferente da febre, mais profundo, mais denso. Era como se cada célula do meu corpo começasse a vibrar numa frequência desconhecida, selvagem, viva. As ondas dessa energia se espalhavam em espirais, conectando-se a algo — ou alguém — além de mim mesmo.Senti braços me envolvendo.Um perfume sutil, de ferro, vento e pele, invadiu minhas narinas. E pela pri
Kira é uma jovem alta, com 1,84 m de altura e 79 kg de músculos e ossos tão fortificados quanto aço. Ela é um Sicário, a elite assassina. Soldados, mercenários e agentes como ela são moldados para atuar como armas vivas neste universo brutal. Denominada pelo capitão Yamamoto, conhecido como "Black Death", como Onna Bugeisha (Samurai feminina), Kira sempre carrega uma monokatana, é uma espada que ao invés do aço mais tradicional, ela tem uma lamina translúcida de alta tecnologia. Extremamente afiada, porem bem mais frágil que outros tipos de materiais.Kira está no topo de um prédio, banhada pela luz da lua. Sua pele, tão alva quanto mármore, reluz sob o brilho noturno enquanto ela observa o caos urbano abaixo. Ruas movimentadas, luzes neon piscando, conversas abafadas, tiros, explosões, carros e motos cruzando avenidas intermináveis. Os carros voadores da Niesdra são os esportivos mais famosos – são veículos de impulso vetorial – e cortam o ar sobre a cidade que nunca dorme. Existem a
*Acordo sobre uma maca, todo o ambiente em volta é branco, estou seminua, apenas bandagens em alguns locais me cobrem, um dos meus olhos parece não estar bem, não enxergo através dele, toco em minha face para tentar entender, e logo sinto um tampão o vedando, bandagens em um dos meus braços e noto que ele não é de carne e sim um braço biônico, meu braço direito é todo composto por circuitos.Os ligamentos são feitos em aço e até mesmo consigo sentir a densidade dos fios que conectam minha mão também biônica juntamente com meu cotovelo modificado com uma articulação mais rígida, meu braço coberto com placas parecendo uma blindagem, parece feito de um material fosco, creio ser algo como alumínio. Estou me situando ainda quando vejo uma figura se aproximar, é um homem de pele levemente bronzeada, cabelos lisos e bem penteados, olhos cromados que brilham em tom prateado usando um terno preto, camisa branca e gravata num tom cinza grisalho.Como se uma fúria irrompesse em meu peito, eu me
LABORATÓRIO SECRETO DA PEGASUS MEDMissão - Parte IInvasãoAntes de cruzar o perímetro, Kira se vira para a equipe e dá as últimas instruções:"— Logan, entre em contato com seu pessoal e descubra o que já estão comentando sobre a ação contra os Marombas.""— Chang, fale com a Teresa e veja se alguma informação sobre um possível ataque na Zona Leste já circula nas mídias.""— G.E.S.S., invada os sistemas do laboratório. Priorize os alarmes e câmeras. Provavelmente há dois sistemas de segurança: um conectado à polícia e outro à CorpCop, a segurança privada. Como o laboratório tem uma fachada de um prédio de escritórios, o alerta pode ser acionado por qualquer um deles. Desative tudo que puder.""— Ivan, Dragon, vocês ficam no AV. Mantenham o transporte pronto para uma fuga rápida e fiquem atentos a qualquer movimentação.""— Lucy, só avance quando eu der o sinal de que o caminho está limpo."Poucos minutos depois, Chang se reporta: nenhuma informação sobre o ataque à Zona Leste foi di
O corredor extenso tem varias portas, duas se abrem e saem mais seguranças, um deles possui uma arma de calibre pesado e começa atirar gerando uma área de fogo supressivo. Outros dois seguranças saem com fuzis de assalto, dois portando submetralhadoras.O barulho alto de tiros, Kira está entre tiros da arma de Chang e as armas dos inimigos. Como combustível incendiando o espírito de batalha de Kira, o olhar frio e calculista, passos decididos se movimentando nesse campo de batalha, brandindo sua espada, o corpo leve, iniciando uma dança, a última dança que seus inimigos irão presenciar.Golpes de balanço com muita sutileza, tão rápidos e precisos que após sua movimentação findar e a espada ser embainhada os corpos aos poucos vão de encontro ao chão já sem vida e sem suas cabeças. O silêncio momentâneo sendo interrompido pelo grito de dor do garoto chamado G.E.S.S. Logo mais tiros e pequenas aranhas caem ao chão, o garoto está ferido. Por sorte o ácido usado contra ele não foi em um