Ponto de vista de Kira
Eu estava decidida. Lutaria por Alessandro.
Mas antes, precisava deixar claro: eu vou voltar para Manaus com ele.
Será que ele vai me aceitar? Será que vai me perdoar? Tudo está confuso.
Mas uma coisa eu sei — não sou o tipo que implora por algo que não considera justo.
Fui deixada sozinha, sem lembranças, sem passado, apenas o eco de quem um dia fui.
Meus pensamentos se perdem quando o vejo à distância. Alessandro está prestes a embarcar em seu veículo de impulso vetorial, e ao lado dele está aquela asiática. O brilho metálico do motor acende o chão ao redor, e o vento deslocado pelo reator faz meu cabelo chicotear o rosto.
Ele me vê.
Por um segundo, nossos olhares se cruzam — intensos, silenciosos, cheios de tudo o que não dissemos.
Mas então ele desvia o olhar e sobe a rampa, desaparecendo dentro do veículo sem uma palavra.
Fico parada. O coração parece um peso morto dentro do peito.
Então é isso? Eu não significo o bastante para ele lutar por mim