Mundo ficciónIniciar sesiónAmanda é uma jovem brilhante e sonhadora, mas seu futuro promissor é brutalmente interrompido quando recebe o diagnóstico de uma doença autoimune rara. Mergulhada na desesperança, ela segue vivendo sem propósito, amparada apenas por sua irmã mais velha, Aurora. Contudo, um emprego em uma poderosa multinacional transforma sua vida ao colocá-la no caminho de Alessandro Andrioli, um implacável e influente executivo que se apaixona perdidamente por ela. O romance entre Amanda e Alessandro floresce em meio a desafios e reviravoltas, até que uma tragédia os separa: um acidente fatal arranca Amanda de seu destino ao lado do homem que ama. Mas essa não é uma história comum de amor e perda. Em um mundo distópico, onde megacorporações controlam a sociedade, a Medicina evoluiu a níveis inimagináveis e a Cibertecnologia permite a fusão entre carne e aço, o impossível se torna real. Das sombras do avanço científico, surge Kira — uma assassina letal, geneticamente aprimorada e aprimorada ciberneticamente. Sua lealdade pertence a apenas um homem: Alessandro Andrioli, agora CEO de uma corporação em ascensão. Alessandro, que jamais se permitiu amar outra mulher após a morte de Amanda, vê sua vida virar de cabeça para baixo quando encontra Kira. Há algo nela que lhe é estranhamente familiar. Entre mistérios, conspirações e uma paixão intensa, eles mergulham em um jogo perigoso, onde segredos ocultos podem mudar tudo — e um inimigo implacável aguarda nas sombras.
Leer másKira é uma jovem alta, com 1,84 m de altura e 79 kg de músculos e ossos tão fortificados quanto aço. Ela é um Sicário, a elite assassina. Soldados, mercenários e agentes como ela são moldados para atuar como armas vivas neste universo brutal. Denominada pelo capitão Yamamoto, conhecido como "Black Death", como Onna Bugeisha (Samurai feminina), Kira sempre carrega uma monokatana, é uma espada que ao invés do aço mais tradicional, ela tem uma lamina translúcida de alta tecnologia. Extremamente afiada, porem bem mais frágil que outros tipos de materiais.
Kira está no topo de um prédio, banhada pela luz da lua. Sua pele, tão alva quanto mármore, reluz sob o brilho noturno enquanto ela observa o caos urbano abaixo. Ruas movimentadas, luzes neon piscando, conversas abafadas, tiros, explosões, carros e motos cruzando avenidas intermináveis. Os carros voadores da Niesdra são os esportivos mais famosos – são veículos de impulso vetorial – e cortam o ar sobre a cidade que nunca dorme. Existem as máquinas de guerra voadoras desenvolvidas pela Elitech Corporation e pela Suijin Corporation. Mesmo estando em uma região nobre no Centro Sul, onde a segurança é rigorosa, é possível avistar, dos 60 andares de altura, incêndios, ouvir gritos, zombarias e o eco dos disparos que ocorrem em outras zonas. Kira, absorta, realiza seu ritual noturno: treinar com sua katana no seu estilo de luta: o Musō Jikiden Eishin-ryu. Quando finaliza sua prática, percebe uma presença que a observa. É seu criador e guardião, fumando calmamente enquanto admira seus movimentos. Ele se aproxima e, segurando-a pelo rosto, comenta: — Kira. Sempre buscando se fortalecer, corpo e espírito. Perfeita! Não esperava menos de uma guerreira como você. Hoje você terá uma missão importante, o início de uma nova história. Ele dá uma longa tragada no cigarro, com um sorriso cínico nos lábios. — Mas não aceito falhas. Estes são os dados da missão, pegue-os, estude-os e como sempre, faça uma missão de forma exemplar e limpa. Em sua mão, está um chip preto, totalmente descaracterizado. Kira o pega, faz uma reverência respeitosa e se retira. Ao chegar a seu dormitório — um espaço minúsculo com uma cama embutida na parede e uma pia — conecta o chip a sua interface Dataware e acessa as informações. Após analisar os dados, ela se prepara e segue para o ponto de encontro. Chang Liu, um Astro de 1,80 m e 70 kg, vive intensamente entre violência, sexo, drogas e, claro, sua paixão: a guitarra. Astros são escritores, atores ou cantores da revolução social, usam a tecnologia para expressar sua arte e desafiar os poderes vigentes. No momento, ele está no bar HellCat, se apresentando com sua banda. O local é denso com fumaça, cheiro de álcool, drogas e até sexo explícito por cada canto do local. Ao lado de Chang está Teresa, sua namorada, uma Mídia destemida, sempre em busca de revelar os segredos sombrios das corporações, governos e figuras influentes, mas levemente tendenciosa quando se trata de seu namorado. Durante o intervalo da apresentação da banda, um homem elegante se aproxima de Chang Liu. Ele tem a pele levemente bronzeada, cabelos lisos e bem penteados, olhos cromados que brilham em tom prateado e um terno azul perfeitamente ajustado. Com uma postura intimidadora, ele se apresenta: — Olá, Chang Liu. Sou Douglas Veleiro, seu contato direto para missões da corporação. Ele lança um olhar gélido para algumas mulheres que tentam flertar com ele. — Preciso que você apóie minha agente em uma missão. Sem perder tempo, Douglas entrega um envelope com os detalhes da operação. Chang Liu, sabendo que precisa "pagar" o que deve, não hesita. Ele finaliza sua apresentação, essa mesma que chama atenção de um empresário rico, mas Chang entendendo a urgência deixa Michael que inclusive é o líder da banda responsável pelas negociações, ele vai até o carro, abre o porta-malas, pega suas armas e segue para o ponto de encontro, após ver o conteúdo do envelope. Logan, um facilitador com 1,72 m e 68 kg, recebe um chamado. Logan é um homem negro de cabelos em dreads tingidos de chocolate e cavanhaque bem aparado. Seu contato, Peter Monteiro, informa sobre uma carga roubada pertencente à corporação Biocom e que está prestes a ser entregue à outra empresa de médio porte. Não se sabe ainda quem interceptou a carga e a roubou e nem quem contratou para fazê-lo. Peter envia por SMS a localização da equipe que o está aguardando. Logan encerra a ligação, chama um táxi e se dirige ao ponto de encontro, ajustando mentalmente os detalhes da negociação e do que poderia ganhar com a operação. A missão é clara: invadir, recuperar a carga roubada. A Biocom, empresa de médio porte, envia uma equipe composta por Kira, Chang Liu, Logan e Lucy, uma Médica especializada em manutenção de tecnologia e tanques criogênicos que já trabalha na Biocom e era uma das responsáveis pela manutenção do tal tanque que fora roubado. Antes da operação, Kira pede a Logan para investigar o submundo em busca de pistas sobre quem poderia ter roubado a carga. A única informação concreta leva à base da gangue Marombas, localizada na área Leste. Essa gangue é composta por brutamontes viciados em drogas, implantes e modificações biológicas voltados para o desenvolvimento extremo de músculos e força física. A célula da gangue que foi identificada na área onde a carga foi "sinalizada" a última vez foi aqui. E essa área é comandada por Natasha Tigresa, eles estão locados nas ruínas de uma fábrica da Chevrolet falida nos anos 2020 após a pandemia de Covid-19. Mas o local por ainda ter muitos sistemas de defesa se torna um ótimo esconderijo. A equipe invade o local, surpreendendo quatro membros da gangue logo nos arredores da área. Um combate feroz começa. Kira, com movimentos rápidos e precisos, elimina dois inimigos em um único golpe, cortando os pescoços com sua espada. A visão da brutalidade intimida os dois restantes, que se rendem. Logan, com sua lábia, convence os rendidos — Ivan e Dragon — a ajudar. Ambos estão cansados da vida que levam e acabam colaborando com a missão. Eles informam que a carga roubada está prestes a ser entregue a um interceptador. E fornecem duas pulseiras para entrarem no local sem serem detectados, Kira desconfiada da tão boa vontade dos dois sujeitos, acaba optando por deixar Logan cuidando deles enquanto usando 1 pulseira e o Chang a outra, eles vão adentrando o local. Agora praticamente invisíveis eles usam de furtividade para evitar fazer muito barulho, o local tem muitas máquinas em funcionamento o que gera muito barulho, dando uma boa cobertura. Ao chegarem ao local do despacho, Kira e Chang encontram seis seguranças escoltando um jovem que está adentrando um veículo de transporte. Um confronto é inevitável. Kira e Chang Liu entram em ação. Em questão de segundos, os inimigos são eliminados. Quando estão prestes a matar o último alvo, o jovem de 15 ou 16 anos se j**a no chão, chorando e completamente apavorado. Ele se apresenta como G.E.S.S., um Netlinker contratado pela Pegasus Med para ir até o local recuperar o tanque criogênico, traduzir algumas criptografias e despachar a mercadoria. Sim, juventude e medo, duas coisas que juntas são uma mão na roda. Kira de forma fria olha pro jovem, todos aguardam o golpe fatídico, porém esse nunca vem. Kira da às costas para todos. — Vamos, o que estão esperando? Já temos o nome do nosso próximo alvo. Anuncia sem esconder um brilho no olhar e aquele sorriso que não mostra os dentes. — E lá não tem rendição. Estamos indo para matar, destruir e vocês podem carregar o que quiser e conseguir levar. Kira dá de ombros com total desdém. — Eu só quero o tanque! Ela olha de soslaio para o jovem. – E você, garoto, vem com a gente, após nos ajudar, eu penso se sua ajuda valeu uma segunda chance. No percurso ate o laboratório da Pegasus Med, Kira se senta ao lado garoto e fala: — Quero que você me ajude a roubar todos os projetos contidos na rede da Pegasus Med e também no Mainframe e após roubarmos tudo, quero que apague todos os dados, e iremos causar uma onda de destruição tão grande que nenhum dado jamais poderá ser recuperado. O olhar frio de Kira amedronta o jovem, mas logo ele acena positivamente com a cabeça. É uma viagem de apenas alguns minutos, mas Kira acaba se encostando para descansar um pouco, pois seu corpo tem um gasto maior de energia por conta de seu metabolismo modificado. Ela acaba cochilando.Ponto de vista de Kira O ar estava pesado. A base militar desativada se erguia diante de mim como um cadáver de concreto e aço, ainda pulsando com ecos de vida. Eu conseguia sentir o campo eletromagnético vibrando debaixo da terra. Havia atividade ali, e pelas memórias de Calisto o local era todo administrado por T.E.R.O.N. Engatinhei até o portão principal, observando os drones suspensos entre os escombros. As câmeras antigas estavam cobertas de musgo, mas algumas ainda giravam, lentamente, como olhos apáticos tentando lembrar o que deviam vigiar. No final daquele túnel estava o primeiro portão, e isso já confirmou que o sistema de defesa estava ativo. T.E.R.O.N. reescreveu as defesas sozinha. “Reescreveu”. Essa palavra ficou martelando na minha mente. Uma IA que modifica seu próprio código. Um sistema que evolui. E agora, ela me observava. A porta não foi difícil passar, simulei a biometria de Calisto e usei a senha que peguei em suas memórias. E a porta estava destravada, me
Ponto de vista de Kira Quando a carcaça desabou e a fumaça começou a baixar, o mundo voltou a ter sons — estalos, alarmes, o chiado da fiação queimada. À minha frente, a couraça da máquina exibia fẹndas profundas, lâminas retorcidas como costelas quebradas. O monstro jazia como um gigante mutilado, soltando vapor e faíscas que caíam como chuva nẹgra. Limpei a poeira dos olhos e voltei a encarar o compartimento frontal. O vidro estava estilhaçado, a armação deformada. Calisto continuava lá dentro — viva, mas presa entre painéis e fios, o sangue misturado ao óleo que escorria sobre o console. Seu rosto pálido, a maquiagem borrada, os olhos vermelhos faiscando entre raiva e algo que poderia ser reconhecimento. Ela respirava com dificuldade. Toda aquela blindagem falhou em protegê-la. A fúria subiu como lava. O que restava da minha paciência virou ação. Aproximei-me. O calor das chamas me perseguia; minhas mãos tremiam, não por medo, mas pelo esforço. Apoiei a ponta da katana em uma
Ponto de vista de Kira Após o beijo, tudo dentro de mim se abriu. Senti as emoções dele, o amor, a dor, a raiva, o medo e a devoção misturados como uma onda que me atravessou por completo. As barreiras na minha mente ruíram. As memórias — todas — emergiram como um dilúvio. Vi o que fomos, o que perdemos, o que Calisto fez. E finalmente compreendi. Com a ajuda de Alessandro, me ergui. Meu corpo já começava a se regenerar, as fibras rompidas se refazendo, a pele se costurando com o calor do meu próprio sangue. Minha fúria e meu corpo eram um só — e a raiva era o combustível da minha cura. No caminho, nada ficou de pé. Toquei alguns dos corpos que ousaram se aproximar e os absorvi. A energia vital deles entrou em mim como um sopro de fogo, alimentando minha estrutura, reconstruindo-me de dentro para fora. O sangue deles era o preço da minha perpetuação. Alessandro estava ao meu lado — meu Alfa. Movia-se como o verdadeiro líder que é, devastando tudo o que se interpusesse entre
Ponto de vista de Alessandro O veículo de impulso vetorial estava prestes a partir quando notei a silhueta dele surgir à frente, recortada pelo brilho pálido do luar refletido no para-brisa. Ele sorriu. Um sorriso calmo, provocador. E fez um gesto com a mão — um convite. Entendi que queria falar comigo. Meu instinto gritou. Ele tinha respostas. Respostas para as dúvidas que me corroíam. Desci do veículo e avancei até ele. Aukan me esperava, de pé, o olhar firme mas o corpo relaxado demais para alguém que deveria sentir o ódio emanando de mim. — Então aqui está você… — minha voz saiu rouca, pesada, cheia de fúria. — O maldito que colocou as mãos nela. Aukan inclinou levemente a cabeça, avaliando-me com aquele olhar estreito e analítico, quase com desdém. — Engraçado, você fala como se ela fosse sua, mas não estava aqui quando ela mais precisou. Meu maxilar se contraiu. Dei um passo à frente. O sangue pulsava forte, ecoando no ouvido como o som distante de trovões. — Se você
Ponto de vista de Kira Eu estava decidida. Lutaria por Alessandro. Mas antes, precisava deixar claro: eu vou voltar para Manaus com ele. Será que ele vai me aceitar? Será que vai me perdoar? Tudo está confuso. Mas uma coisa eu sei — não sou o tipo que implora por algo que não considera justo. Fui deixada sozinha, sem lembranças, sem passado, apenas o eco de quem um dia fui. Meus pensamentos se perdem quando o vejo à distância. Alessandro está prestes a embarcar em seu veículo de impulso vetorial, e ao lado dele está aquela asiática. O brilho metálico do motor acende o chão ao redor, e o vento deslocado pelo reator faz meu cabelo chicotear o rosto. Ele me vê. Por um segundo, nossos olhares se cruzam — intensos, silenciosos, cheios de tudo o que não dissemos. Mas então ele desvia o olhar e sobe a rampa, desaparecendo dentro do veículo sem uma palavra. Fico parada. O coração parece um peso morto dentro do peito. Então é isso? Eu não significo o bastante para ele lutar por mim
Ponto de vista de Kira Ele simplesmente saiu. E por um instante, eu pensei que não me importava. Afinal, passei meses tentando juntar as peças da minha mente fragmentada, tentando forçar lembranças que nunca voltavam — nem depois de oito meses vivendo aqui. Só vieram flashes, vislumbres. Rostos sem nome, cenas curtas demais, rápidas demais. Às vezes pareciam trailers de um filme de ação sangrento, onde eu era sempre a arma, nunca a pessoa. Nunca a protagonista da própria história. Apenas usada. Foi quando percebi. Não importa onde eu esteja, não importa como eu pareça ser — no fim, sou uma máquina feita para maṭar. Para destruir. Não para amar. E talvez por isso ninguém tenha vindo me buscar. Porque no fundo, ninguém sente falta de um monstro. Mas então ele apareceu. E desmoronou o pouco equilíbrio que eu achava que tinha construído. Com apenas um olhar. Com apenas aquela explosão de raiva que me atingiu como um míssil direto no peito. Minha mente girava. Eu queria correr atrás d
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