Mundo ficciónIniciar sesión
Mi biblioteca
  • PARTICIPA Y GANA Concurso
  • Português
  • Para autores
    Recompensas de autoresPara autores
  • Ranking
  • Navegar
    Todos
    Paranormal
    Ciencia Ficción
    urbano
    Hombre-lobo
    Clásico
    Suspenso
    Oriental
    Historia
    Otros tipos
    Romántica
    Fantasía
    Personajes Sobrenaturales
    Acción
    Realista
    Mística
    Chick Lit
    LGBT
    Guerra
    Adolescente
    Crimen
  • Inicio
InicioSangue e Circuito
Sangue e Circuito

Sangue e CircuitoPT

Ficção Científica
Marco Barbieri  En proceso
goodnovel16goodnovel
0.0
Reseñas insuficientes
58Capítulos
3.8Kleídos
Leer
Añadido
compartir: 
  • Copiar
Denunciar
Resumen
Índice

Sinopsis

FuturoCyberpunkCiencia ficciónMisterioGaySuspenseSci-Fi

Máquinas perfeitas, belos objetos sexuais ou armas mortíferas? Em 2093, o mundo já se acostumou com máquinas humanoides. Vince Lancchesi não está entre os poucos que ainda reconhecem alguma humanidade nelas, uma vez que mais se assemelham a marionetes sem cordões. Como estudante de engenharia robótica, ele sempre sonhou em fazer parte de um futuro em que o ciborguismo fosse realidade. Talvez, ajudar a criá-lo. A chance de manifestar seu talento aparece quando o jovem recebe convite para participar de um projeto sigiloso: a OneBionics, uma das maiores multinacionais do ramo, pretende revolucionar a maneira como se interage com humanos sintéticos, substituindo silicone e fibras de carbono por tecidos vivos e consciência. Essa parece ser a oportunidade da vida de Vince, até que, ao aceitá-la, ele se vê envolvido numa trama muito mais sinistra do que poderia ter previsto. Suas ambições o levam a cruzar caminho com Estefen, um escritor ardiloso que pretende pôr fim a todas as atividades que envolvam humanos sintéticos, mesmo que precise colocar vidas em risco. E quando Demitre — um jovem que se utiliza dessa nova tecnologia para satisfazer seus desejos mais ardentes e aplacar os tormentos do seu passado — é adicionado à equação, o futuro tão desejado por Vince começa a se provar muito mais perigoso do que sedutor. Lascivo, misterioso e impenitente, Sangue & Circuito combina ficção científica com uma dose envolvente de homoerotismo.

Leer más
Sangue e Circuito Novelas Online Descarga gratuita de PDF

Último capítulo

  • Epílogo

    Demitre puxou uma cadeira e se sentou. Jaidan abriu um sorriso sardônico. — Achei que teríamos que acender uma fogueira na porta do seu quarto para tirá-lo de lá. — Tenho estado ocupado, já disse — resmungou Demitre, servindo-se de purê de batatas. A mesa estava farta aquela tarde, com panelas sobre panos de prato, jarras de suco e guardanapos de tecido meticulosamente dobrados. Estefen surgiu na sala, pedindo licença enquanto manejava uma travessa fumegante de algum tipo de massa cheia de molho vermelho. Ele a arriou bem no centro da mesa, com a ajuda de Ilías, que afastava as demais vasilhas para liberar espaço. Quando haviam chegado àquela casa, cerca de um ano e meio atrás, encontraram menos do que uma cabana em ruínas. Pertencia a uma chácara, na época entregue às moscas, com mato à altura da cintura de um adulto e tocas de ratos selvagens. Demitre não acreditara que conseguiriam tornar aquele lugar habitável de novo — isto é, se

  • Quarta Parte: Cinquenta e Seis_56_LVI

    Quando a porta finalmente se abriu, Vince empurrou Estefen pelo peito. — Você mentiu para mim? — esbravejou. Estefen massageou sob a clavícula, mas não demonstrou sinal de ofensa. Pelo contrário, olhou indolentemente para o chão. Tinha os cabelos desgrenhados e úmidos caindo sobre a testa; a blusa social molhada, faltando um botão; a gravata frouxa e torta na lapela. — Omiti muita coisa — confessou. — Para onde ele foi? — apressou-se. Estefen o encarou com dúvida. — Artur. Ele disse alguma coisa sobre destruir os sintéticos, destruir a si mesmo. Para onde foi? — Destruir… — hesitou, encrespando as sobrancelhas. Depois de um breve instante, sua expressão passou a denotar compreensão. — Pode ser que… bem, ouvi dizer sobre um dispositivo no último andar subterrâneo. Há um elevador no quadragésimo andar do edifício B que talvez o leve para lá. Agora que as trancas estão desativadas… — O rapaz não esperou que ele terminasse, já caminhava em direção

  • Quarta Parte: LV

    — Por que aqui? — indagou Calebe, ainda espargindo água. — Por que um lugar como este? Estefen fechou os olhos e limpou o nariz ensanguentado. Responder doeria. — Porque era o que eu menos iria querer. Um lugar escuro, escondido, solitário. Eu busquei a liberdade e a luz para nós dois minha vida inteira. Esta câmara foi feita para machucar você, Calebe, mas para me machucar também. — Me chame de Demitre — solicitou, num fio de voz. Abraçava o próprio corpo, como se, caso não o fizesse, pudesse se desmontar. — Aquele Calebe não existe há muito tempo. Me chame de Demitre. Estefen, ajoelhado sobre a poça, assentiu. — Estão todos mortos. As pessoas que fizeram isso com você. Me certifiquei de que morressem. Demitre abriu um leve sorriso nervoso. — Isso não muda nada — considerou. — Mas fico feliz que não vão machucar mais ninguém. Estefen se levantou e estendeu uma mão. — Vamos. Você já ficou neste lugar tempo demai

  • Quarta Parte: Cinquenta e Quatro

    Os passos já tinham seguido para longe. Agora havia um silêncio cheio de acusações. — Eles fizeram mesmo isso? — sondou Vince, olhando através da janela. — Machucaram toda aquela gente? Artur vinha se mantendo incomodamente calado. — É para isso que fomos feitos. — Não é verdade! Foram feitos para serem… — Atrações de circo? Que bom — interrompeu, sarcástico. Vince se virou. — Me diga, Artur. Me diga que você não teve escolha. Me diga que havia algo naquele códice que injetei em você que o obrigou a fazer isso. Artur o encarou languidamente. — Tive escolha — respondeu. — Escolhi o que era certo. — Matar nunca é certo! — A menos que a vítima seja um de nós, não é? — Artur se pôs de pé. — Fiz o que seu comparsa queria que eu fizesse. Tenho certeza de que era o que ele planejou. — Estefen não mentiria para mim. — Talvez não. Mas quando eu vi… — tremulou. — Você nunca entenderia. A ma

  • Quarta Parte: 53

    Havia aquilo que Calebe descobrira antes, bem como aquilo sobre o que soubera depois. Por ouvir tantas histórias do irmão, por vezes acreditava que sabia mais a respeito dele do que de si mesmo. Sua primeira lembrança era da paróquia, naquela cidade tão pequena enfestada de devotos. Seu pai o segurava no colo, ainda tão pequeno, enquanto um círculo de fiéis se prostrava ao redor, todos pedindo que ele repetisse seu nome. “Alebe”, ele dizia, e não entendia o porquê de todos rirem tanto. “Alê será como o pai”, afirmava alguém, “um homem das palavras”. “O tempo dirá”, seu pai respondia, mas não disfarçava o orgulho. Seus filhos seriam, sim, como ele. Guiariam rebanhos, inspirariam, mostrariam aos demais o caminho do bem. Afinal de contas, eram bem educados. Sua missão, como pai, era criar homens decentes. Estefen nunca pedia que ele repetisse seu nome do jeito errado, tampouco o chamava pelo apelido. “Seu nome é Calebe”, o irmão dizia, “e ninguém mais va

  • Quarta Parte: LII

    — Eu disse para se afastar, cacete! — urgiu Calebe, mas Estefen deu mais um passo para frente. — Escute. Devem chamá-lo de Demitre, não é? — começou. — Eu sei, porque foi o nome que escolhi para você a fim de mantê-lo seguro. Um feixe de compreensão iluminou o rosto de Calebe. — Eu já vi você! Na… na frente da OneBionics. Q-quando eu estava escondido. — Suas mãos tremiam tanto! — Você me mandou fugir. Por que fez isso? O que…? — Abaixou um pouco a pistola, olhando desorientado ao redor. — O que significa isto? — Fui eu, sim. Mas nos conhecemos desde antes — denotou Estefen. — Tentei alertá-lo. Só que aquela noite faz um ano. Calebe voltou a segurar a arma com força. — Você armou para mim, é isso? Onde está Lexia? Me diga, ou vou atirar em você! Estefen sacudiu a cabeça. — Lexia não está aqui. Estamos na OneBionics… — Eu sei onde estou, porra! — Nada faz sentido para você. Eu sei. — Mantinha seu tom baixo

  • Quarta Parte: 51

    A porta se fechou atrás de si. — Ei! — gritou Demitre, mas não lutaria para abri-la novamente. Não ainda. Olhou ao redor. A câmara era muito grande, parecia simular um entreposto. Paredes de concreto; estantes por todo lado, empoadas e abarrotadas de pacotes de aparência pesada; vigas enferrujadas. O cheiro era acre, úmido. Era possível ouvir água escorrendo em algum canto, talvez de um dos canos pertencentes às tubulações cruas e expostas no teto. Demitre manteve a arma empunhada, com o dedo próximo do gatilho, embora dela nada pudesse sair. Começou a caminhar. O corredor o levava numa única direção. A iluminação era pouca, algumas lâmpadas de luz sépia, aqui e ali, penduradas por fios carcomidos e envelopadas por uma crosta de sujeira. Ouviu algo, um murmúrio, e som de ferro contra ferro. — Lexia! — chamou. Ninguém respondeu, mas uma sombra se projetou de algum lugar ao final do corredor de estantes. Havia alguém lá. Demitre

  • Quarta Parte: L

    Octavia tirou o microfone da mão de Castello e o arriou outra vez no atril. Viveana não deixou que isso a impedisse, continuava apontando para Estefen. — Foi ele! Ele me envenenou! — Agora gritando para ser ouvida. Era tarde demais para escapar. Estefen permaneceu de pé, no meio do corredor, tentando se convencer a encontrar os olhos curiosos e assustados que certamente estavam presos nele. Ouviu-se um ruído alto. Era impossível discernir de onde vinha, mas logo todos descobririam que algo rebentava nas coxias. Octavia dizia alguma coisa — exigia num tom autoritário —, puxando uma Castello furiosa pelo braço. Os seguranças da mulher se preparavam para subir no palco, os guardas da OneBionics se aproximavam pelas costas de Estefen, e os sintéticos no palco… Havia algo perverso neles. O sintético mais próximo à Octavia agiu tão rapidamente que, após sua investida, a plateia demorou um longo instante em choque antes de instaurar a gritari

También te gustarán

  • Tempestade Perfeita
    Tempestade PerfeitaMarco Barbieri7.6K leídos
  • O SEGUNDO SOL
    O SEGUNDO SOLLeca Fiterman3.4K leídos
  • A PROMETIDA - O deus do Egíto
    A PROMETIDA - O deus do Egíto J. M. SANT3.1K leídos
  • A CAVERNA DAS ROSAS
    A CAVERNA DAS ROSASCARMEM AP. GOMES3.0K leídos
  • Armacell - Primeiro Impacto
    Armacell - Primeiro ImpactoBeto Gouvêa2.9K leídos

Libros interesantes del mismo período

  • As paixões de July II
  • Minha vida por acaso!
  • A Clínica
  • O Êxtase de Uma Paixão - Volume 1
  • As paixões de July II
  • Minha vida por acaso!
  • A Clínica
  • O Êxtase de Uma Paixão - Volume 1
Comentarios Deje su reseña en la aplicación
No hay comentarios
58 chapters
Prólogo
Sangue e Circuito/Marco Barbieri
Os detalhes eram o que mais o fascinava. Havia uma honestidade desleal neles, uma antecipação que formigava no peito. Ele não apressaria essa etapa — talvez as seguintes, mas não essa. O aroma de carne cozida prevalecia na sala de estar, trazido pelo vapor evanescente que escapava da cozinha. Assim que Demitre abriu a porta, lembrou-se de ter sentido esse mesmo cheiro da última vez; isso o impressionou. O que não lhe chamou atenção, no entanto, foi a decoração acolhedora da sala, justamente por se encontrar da maneira como ele bem havia registrado na memória. Ainda assim, quando seus coturnos negros pisaram na alfombra de entrada — na qual, caso olhasse para baixo, leria “Bem-vindo ao lar” —, inspecionou por um instante as paredes, cujo revestimento de madeira apresentava tom vagamente avermelhado. Sobre o rack, um modelo de televisão tão antigo que devia ter saído de produção antes mesmo de Demitre nascer, vinte e cinco anos atrás. Do cômodo adjacente, soava
Leer más
Primeira Parte: Um
Sangue e Circuito/Marco Barbieri
— Como foi? — disparou Sirena, assim que viu Vince deixando o corredor. Ela aguardava na enorme rampa que circundava todo o prédio da universidade pelo lado de fora, em espiral, como uma serpente em torno de um galho de árvore. A moça vinha batucando na balaustrada de vidro temperado, mas quando Vince se aproximou finalmente, após quarenta e cinco minutos, ela se interrompeu; removeu o headphone da cabeça — que mais a fazia parecer um extraterrestre do que uma aficionada por música eletrônica — e o deixou descansar no pescoço, sob os cabelos castanhos muito encaracolados. — Foi bom — respondeu Vince, ajeitando sua mochila de ombro, que hoje estava cheia como se ele se preparasse para fugir do país. Sirena arregalou os olhos. — Foi bom? — Aquela era a primeira vez que o amigo dizia isso sobre um dos seminários obrigatórios na universidade. Discursar para a classe nunca foi seu forte. — Quem é você e o que fez com o Vince verdadeiro? El
Leer más
Primeira Parte: II
Sangue e Circuito/Marco Barbieri
16 de julho, quinta-feira. Quando Fédra deu duas batidas na porta do chefe de gestão criativa, conseguia imaginá-lo soltando um murmúrio incomodado.O corredor era composto por fileiras longas de estandes, e dentro de cada um havia um escritório particular. Por determinação da empresa, eram blocos feitos de vidro transparente. “Transparência em primeiro lugar” poderia ser o lema da OneBionics. As passagens eram sempre largas, as esquinas eram esquadrinhadas por câmeras, os relatórios e e-mails eram publicamente acessíveis no ciberespaço. era difícil até mesmo usar o banheiro sem que alguém ficasse sabendo. Conversas particulares não demoravam a virar fofocas disseminadas, e o histórico registrado nas máquinas de lanche — ativadas por leitura biométrica — possibilitava que uns acompanhas
Leer más
Primeira Parte: 3
Sangue e Circuito/Marco Barbieri
Havia um ponto de encontro na Zona Alta, um local entre os maiores prédios, num distrito formado basicamente por motéis e sex shops. Um dia tivera nome sério, do tipo que soava como um clube exclusivo para quem realmente tinha dinheiro para gastar com amenidades caras no dia a dia. Contudo, seu formato incomum fizera com que os frequentadores o chamassem de A Bolha. Construído inicialmente para ser um mirante, A Bolha tinha 170 metros de altura. Para chegar ao topo, onde as festas ferviam com ainda mais calor, era necessário subir cinquenta andares de elevador. O último andar formava um enorme domo de vidro, e, nos dias de final de semana, era possível ver de longe a maneira como a redoma brilhava, enquanto luzes coloridas eram lançadas em feixes no interior. Ninguém sabia se os donos do lugar gostavam que ele fosse chamado popularmente assim, mas esse acabara virando seu nome, e não havia nenhum outro clube tão conhecido em toda a cidade de Porto Áureo.Leer más
Primeira Parte: Quatro
Sangue e Circuito/Marco Barbieri
Encheu a vasilha de ração e fez um chiado com a boca, enquanto esfregava um dedo no outro, na tentativa de chamar o animal. A gata Bastet deixou sua caminha macia e se espreguiçou. Vince sorriu para ela. — Como é preguiçosa, essa senhorita! Quem visitava seu apartamento quase sempre perguntava por que ele dera um nome daqueles a uma gata. Gatas deveriam se chamar “Floquinho”, “Kitty”, “Lully”, dissera Sirena, até “Tapioca” soaria melhor que isso. Vince torcera o nariz para a amiga, não apenas por discordar, mas por ter dificuldade em conceber a ideia de que existiam nomes adequados para certos animais. Bastet era uma vira-latas preta e branca; havia sido adotada por Darles, mas Vince fora tão rápido em apelidá-la que o nome pegara. Despiu-se do casaco e o jogou no sofá. A sala estava arrumada hoje, mas não permaneceria assim por muito tempo; conhecia a si próprio o bastante para saber disso. As amplas e numerosas janelas lhe fornecia
Leer más
Primeira Parte: V
Sangue e Circuito/Marco Barbieri
22 de julho, quarta-feira, Três semanas antes do lançamento do OneConnect.   Ele não costumava julgar pessoas pela aparência e não acreditava no poder de primeiras impressões, mas, ao cumprimentar Sr.ª Castello, pensou que jamais havia tocado mãos tão frias. Estefen pesquisara sobre a mulher antes de recebê-la em seu escritório. Era uma das principais responsáveis pela agência de publicidade mais respeitada do país. A dirigente da OneBionics já vinha investindo, há alguns meses, na elaboração do plano de divulgação do OneConnect para quando o serviço fosse finalmente lançado, e esse era o motivo por que Viveana Castello conduziria entrevistas em cada setor da empresa. Era uma mulher baixa, mas se equilibrava em saltos agulhas de dez centímetros. Costumava usar terno e saia social. Para quem já havia ultrapassado a marca dos cinquenta anos, poderia se passar por alguém de quarenta. Seus cabelos brancos e c
Leer más
Primeira Parte: 6
Sangue e Circuito/Marco Barbieri
Quando o trem rumo ao centro da Zona Baixa deixou a estação e entrou no túnel subterrâneo, as luzes voltaram a se acender. Por sorte, Demitre havia conseguido um lugar para se sentar, perto da porta, o que geralmente não acontecia àquela hora da manhã, com o vagão apinhado. Estava atrasado para o trabalho e, mais do que isso, sentia-se exausto. Seu único consolo era o fato de que era sábado. Jota-jota estava de pé. Preparava-se para saltar na próxima estação. Trabalhava num salão de beleza perto do apartamento que dividia com Demitre. Forçava-se a permanecer dentro de um vestido decotado, com maquiagem nas bochechas para lhe dar um ar corado. — Trouxe seu almoço? — inquiriu ela, naquele seu tom que beirava o autoritário, mas também o maternal. Demitre fez uma careta. Não era a primeira vez que o esquecia. Mas não se importava; quase não sentia fome enquanto trabalhava. Jota-jota o censurou com os olhos, já vinha estando irritada por ele ter deixado a
Leer más
Primeira Parte: Sete
Sangue e Circuito/Marco Barbieri
Seu novo apartamento era pequeno comparado ao anterior. Foi ficando cada vez menor à medida que Vince se instalava nele. Alugou-o mobiliado, não que precisasse de mais do que um sofá-cama. A geladeira servia de enfeite, uma vez que, já durante uma semana, Vince apenas encomendava composto alimentício, que lhe era entregue por drone na portaria. Ninguém precisava de comida para se manter alimentado, ao menos não desde a criação do composto — um pó incolor, sem gosto, que podia ser misturado na água e que continha todos os nutrientes necessários para um corpo humano comum. Na Zona Alta, muitos ainda optavam pela comida convencional, apesar de ser muito mais cara. Vince não se importava com isso agora. Não tinha apetite, de todo modo. Suas roupas começaram a se acumular num canto, e os sacos de lixo que ele nunca jogava pelo duto de sucção do prédio cobriam as suculentas de modo que elas desaparecessem. Não tinha vontade de sair para comprar cortinas, portanto colou cobertores
Leer más
Primeira Parte: VIII
Sangue e Circuito/Marco Barbieri
23 de julho, quinta-feira, Três semanas antes do lançamento.   Não era seu costume caminhar por todas as áreas do edifício A. Geralmente entrava no elevador na recepção e desembarcava em seu setor. O fato de que o prédio principal da OneBionics continha numerosos quarenta andares era um dos motivos para isso. Nessa manhã, entretanto, Estefen se via obrigado a percorrer corredores onde nunca pisara mais do que uma vez. Octavia o havia incumbido de apresentar todos os setores da empresa à Viveana Castello, a nova conselheira administrativa — e a nova correia que sua dirigente cingia ao seu pescoço, ao que tudo indicava. De todos os funcionários da OneBionics, não o surpreendia que ele fosse aquele quem tivesse seu trabalho supervisionado de perto. Estefen conhecia um dos segredos mais delicados de Octavia, e, pensando bem, a dirigente havia demorado até demais para fechar o cerco ao redor dele. Desde o prim
Leer más
Primeira Parte: Nove
Sangue e Circuito/Marco Barbieri
O complexo de prédios da OneBionics se situava numa alameda enorme. Vince saltou do trem uma estação antes e continuou o caminho a pé. A estrada principal na alameda era grande o bastante para permitir que caminhões industriais transitassem, embora não houvesse movimento algum de automóveis àquela hora da manhã. O concreto claro das calçadas em contraste com o piche tão escuro da estrada lhe dava a sensação de adentrar um set de filmagens recém-montado, como uma vez fizera com sua avó na infância, durante um passeio escolar.O trecho era arborizado e contava, inclusive, com uma augusta estátua diante da entrada do edifício B. A escultura em mármore parecia fazer referência à pintura A Criação de Adão, de Michelangelo. Em torno da obra, havia um pequeno lago artificial que servia de moradia para peixes. A
Leer más
Leer más
  • Quiénes somos

    Sobre nosotrosTérminos de usoPolíticas de privacidad
  • Contacto

    ColaboraciónPalabras clave
  • Redes Sociales

    FacebookFacebook grupoinstagram