Ponto de vista de Kira
Após o beijo, tudo dentro de mim se abriu.
Senti as emoções dele, o amor, a dor, a raiva, o medo e a devoção misturados como uma onda que me atravessou por completo. As barreiras na minha mente ruíram. As memórias — todas — emergiram como um dilúvio. Vi o que fomos, o que perdemos, o que Calisto fez.
E finalmente compreendi.
Com a ajuda de Alessandro, me ergui.
Meu corpo já começava a se regenerar, as fibras rompidas se refazendo, a pele se costurando com o calor do meu próprio sangue. Minha fúria e meu corpo eram um só — e a raiva era o combustível da minha cura.
No caminho, nada ficou de pé.
Toquei alguns dos corpos que ousaram se aproximar e os absorvi.
A energia vital deles entrou em mim como um sopro de fogo, alimentando minha estrutura, reconstruindo-me de dentro para fora. O sangue deles era o preço da minha perpetuação.
Alessandro estava ao meu lado — meu Alfa.
Movia-se como o verdadeiro líder que é, devastando tudo o que se interpusesse entre