Ponto de vista de Alessandro
O veículo de impulso vetorial estava prestes a partir quando notei a silhueta dele surgir à frente, recortada pelo brilho pálido do luar refletido no para-brisa.
Ele sorriu. Um sorriso calmo, provocador. E fez um gesto com a mão — um convite.
Entendi que queria falar comigo.
Meu instinto gritou. Ele tinha respostas.
Respostas para as dúvidas que me corroíam.
Desci do veículo e avancei até ele. Aukan me esperava, de pé, o olhar firme mas o corpo relaxado demais para alguém que deveria sentir o ódio emanando de mim.
— Então aqui está você… — minha voz saiu rouca, pesada, cheia de fúria. — O maldito que colocou as mãos nela.
Aukan inclinou levemente a cabeça, avaliando-me com aquele olhar estreito e analítico, quase com desdém.
— Engraçado, você fala como se ela fosse sua, mas não estava aqui quando ela mais precisou.
Meu maxilar se contraiu. Dei um passo à frente. O sangue pulsava forte, ecoando no ouvido como o som distante de trovões.
— Se você