Ponto de vista de Kira
 O ar estava pesado.
 A base militar desativada se erguia diante de mim como um cadáver de concreto e aço, ainda pulsando com ecos de vida. Eu conseguia sentir o campo eletromagnético vibrando debaixo da terra. Havia atividade ali, e pelas memórias de Calisto o local era todo administrado por T.E.R.O.N.
 Engatinhei até o portão principal, observando os drones suspensos entre os escombros. As câmeras antigas estavam cobertas de musgo, mas algumas ainda giravam, lentamente, como olhos apáticos tentando lembrar o que deviam vigiar.
 No final daquele túnel estava o primeiro portão, e isso já confirmou que o sistema de defesa estava ativo. T.E.R.O.N. reescreveu as defesas sozinha.
 “Reescreveu”. Essa palavra ficou martelando na minha mente.
 Uma IA que modifica seu próprio código.
 Um sistema que evolui. E agora, ela me observava. A porta não foi difícil passar, simulei a biometria de Calisto e usei a senha que peguei em suas memórias. E a porta estava destravada, me