Ana
O gosto do beijo dele ainda estava nos meus lábios.
Acordei cedo, mas passei longos minutos encarando o teto do quarto, sentindo o coração inquieto. Ainda conseguia sentir o toque de Léo, o calor da sua mão na minha pele, o jeito que ele me olhava como se eu fosse a única coisa que importava no mundo.
E o pior? Eu queria sentir aquilo de novo.
Fechei os olhos com força, tentando afastar o turbilhão dentro de mim. Isso não podia acontecer. Eu sabia quem Léo era. Conhecia suas promessas vazias e as cicatrizes que ele havia deixado em mim no passado.
Ele pode ter mudado.
Afastei o pensamento antes que ele se enraizasse.
Levantei-me, tomei um banho e vesti um vestido preto discreto, elegante e profissional. Precisava manter o foco. O trabalho era o único lugar onde eu ainda tinha controle sobre alguma coisa.
Mas, no fundo, eu sabia: não havia controle quando se tratava de Léo.
Ao chegar à empresa, passei direto pela recepção onde uma garota gentil tentou se minha amiga, não tenho nada