Ana
O carro voava pela estrada, o asfalto desaparecendo sob os pneus, mas cada segundo parecia uma eternidade. Meu coração batia descontrolado, o pânico me sufocando enquanto eu olhava para a escuridão à frente. Léo dirigia ao meu lado, o rosto tenso, os nós dos dedos brancos no volante. O som das ondas ao longe era um lembrete cruel do que estava em jogo. Minha filha, minha Emily, estava com Mariana, uma mulher consumida por mágoa e vingança. Eu me agarrava à mão de Léo, tentando encontrar força, mas o medo de perder minha menina era uma corrente que me puxava para baixo.
Chegamos ao trecho isolado da praia, o farol do carro iluminando a areia. Meu coração parou quando vi Emily, brincando calmamente perto da água, desenhando com um graveto na areia. Ela parecia alheia ao perigo, o vestido rosa balançando com a brisa. Ao lado dela, Mariana estava de pé, a silhueta rígida contra o mar escuro. O alívio de ver Emily viva colidiu com o terror de saber que ela ainda estava com aquela mulhe