Léo
O crepúsculo pintava o céu de laranja e rosa quando paramos na frente da casa da piscina, o motor do carro silenciando com um suspiro. Ana estava ao meu lado, o rosto suavizado pela esperança tímida que crescia entre nós após o dia no escritório, planejando como contar a Emily que eu era seu pai. Sua mão havia tocado a minha no carro, um gesto pequeno, mas que reacendia algo que eu pensava ter perdido para sempre. Meu coração batia forte, não apenas pela conversa iminente, mas pela possibilidade de reconstruir o que destruí anos atrás. Enquanto caminhávamos para a porta, eu sentia o peso da responsabilidade — por Emily, por Ana, por nós.
Ao entrar, o ar mudou. Minha mãe, estava na sala, ela por um momento pareceu procurar algo atrás de nós.
— Léo, Ana, graças a Deus! — exclamou ela, a voz trêmula, algo que eu raramente ouvia. — Onde tá a Emily?
Ana franziu o cenho, e eu senti um frio percorrer minha espinha.
— Como assim, mãe? — perguntei, a voz tensa, enquanto Ana ficava rígida a