A noite estava silenciosa demais. O tipo de silêncio que precede o inferno.
Meus homens cercavam a mansão Marcheti em formação tática, as armas prontas para disparar ao menor sinal de resistência. O ferro retorcido dos portões se abria diante de mim como as mandíbulas de um monstro prestes a ser devorado. Eles não estavam preparados. Eu podia sentir.
Com passos firmes, atravessei o pátio de pedras frias, meus olhos varrendo cada canto do terreno. As luzes da mansão estavam acesas, mas não havia sinal de soldados. Nenhum tiro. Nenhuma movimentação suspeita. Apenas o som distante do vento batendo contra as janelas.
Isso estava errado.
A adrenalina queimava em minhas veias como gasolina prestes a ser acesa. Meu dedo coçava no gatilho. Se Matteo achava que podia roubar minha esposa e escapar impune, estava prestes a descobrir o verdadeiro significado do medo.
— Avancem — rosnei, e meus homens se espalharam.
A porta principal foi arrombada com um chute seco. O impacto ecoou pelo saguão de