Ver Lucy sorrir para mim sem medo, sem hesitação, é a droga mais viciante que já experimentei. Passo o dia inteiro tentando não parecer um idiota completo, mas é inútil. Ela passa com aquela risada fácil, com aquele jeito de morder o lábio quando está concentrada, e tudo em mim grita que eu sou o homem mais sortudo da porra desse planeta. E o melhor de tudo? Ela é minha. De verdade, sem reservas. Minha.

No almoço, não resisto. Ela está sentada com Felícia em uma das mesas do refeitório, rindo de algo que não ouvi, os cabelos presos no alto da cabeça de um jeito que deixa seu pescoço exposto, delicado, provocante. Puxo uma cadeira ao lado dela, sem pedir licença, e me sento. Preciso estar perto. Preciso sentir seu calor, seu cheiro. Lucy me lança um olhar de quem tenta ser profissional, mas seu sorriso a trai.

Inclino-me para ela, mantendo a voz baixa.

— Já te contei que fico louco só de olhar pra você?

Ela revira os olhos, mas o rubor que sobe em suas bochechas me entrega tudo o que p