Cheguei em casa ainda com o coração em um ritmo que não parecia meu. As mãos suavam, o corpo latejava de nervosismo, e mesmo com o vento da noite batendo no meu rosto, eu não conseguia esfriar por dentro. Era como se algo tivesse me incendiado por inteiro e o fogo insistisse em não se apagar.
Cori estava no colo de Jesse, já sonolenta, com o cabelo bagunçado e o vestido da festa todo amassado. Jesse sorriu de leve quando me viu e sussurrou que ia colocá-la na cama. Fiquei parada, encostada na porta, observando as duas sumirem pelo corredor. O som do riso leve de Cori ecoou pela casa, e eu me peguei sorrindo, mesmo que o peito ainda estivesse uma confusão.
Na cozinha, Jesse abriu a geladeira e pegou uma garrafa de água.
— A festa foi linda, Tori. — Ela falou com aquele tom sincero, meio culpado. — Me desculpa por chegar atrasada.
— Tudo bem. — murmurei, tentando parecer tranquila. — Aconteceu alguma coisa?
Ela suspirou, apoiando as mãos na bancada.
— Minha mãe passou mal