A volta para a mansão é silenciosa. O sol já se inclina no horizonte, pintando o céu de tons dourados que parecem saídos de uma tela renascentista. Eu me sinto tão cansada que a tensão acumulada do dia começa a escorrer pelos meus ombros, como se, por alguns instantes, eu pudesse simplesmente esquecer que estou ao lado de Russ. A estrada parece embalar meus pensamentos, e sem perceber, meus olhos se fecham.
Quando desperto, não estou mais no carro. Estou nos braços dele.
— O quê… — minha voz sai fraca, embargada pelo sono. — Me coloca no chão, Russ.
Ele nem se digna a responder. Apenas segue caminhando pelos corredores da casa, firme. O calor do corpo dele me envolve e a sensação é tão inebriante que meu pedido soa mais como um capricho do que uma ordem.
— Russ… — insisto, mais uma vez, só para sentir a vibração do nome dele na minha boca.
Ele abre a porta do quarto de hóspedes com o ombro e me coloca devagar sobre a cama. O toque dele é cuidadoso demais para quem finge nã