Tudo estava indo bem. Talvez até bem demais. Valentina acordava com mensagens fofas, dividia cafés da manhã cheios de risadas, e passava os finais de semana com Rafael e Bruce, como se vivessem num comercial de margarina patrocinado por cupidos. Mas, como a vida adora dar uma chacoalhada quando a gente se acomoda, a tranquilidade durou… até a terça-feira.
Terça-feira era o dia oficial em que tudo desanda sem motivo.
Valentina estava atolada de trabalho. Tinha três campanhas para revisar, uma reunião com um cliente exigente e um roteiro que simplesmente não saía. Tudo isso somado a uma TPM que gritava “sai da frente ou te mordo”.
No meio do caos, Rafael mandou uma mensagem:
“Preciso conversar com você hoje. Em casa. É importante.”
Pronto. O estômago dela virou uma panela de pressão. “É importante” podia significar qualquer coisa — desde “adotei mais um cachorro” até “vamos terminar”. E com o emocional no modo montanha-russa, a mente dela foi direto para a pior opção.
Durante todo