Na manhã do domingo, Valentina estava nervosa. Ela tentou esconder a ansiedade, mas o estômago parecia dar cambalhotas. Ela e Rafael estavam a caminho da casa dos pais dele para o almoço de família, e o nervosismo estava tomando conta dela. O carro estava recheado de bagagem emocional — e Bruce, claro, que parecia mais calmo que ela, com a cabeça apoiada no banco traseiro, curtindo a viagem.
— Amor, relaxa — disse Rafael, com uma calma que só ele tinha. Ele estava dirigindo com uma mão, a outra sobre o volante, e não parecia nem um pouco preocupado.
— Ninguém que tem uma tia chamada Cleusa pode usar a palavra “tranquila” com essa confiança toda — respondeu Valentina, forçando um sorriso nervoso.
Rafael riu, um riso baixo e relaxado. Ele realmente parecia estar tranquilo.
— A tia Cleusa é... um acontecimento — ele disse, a voz cheia de ironia, mas com um toque de carinho. — Mas você vai adorar. E, para ser honesto, meu pai já perguntou de você duas vezes essa semana... Isso é tipo um O