capítulo 73

Vincent

O escritório do meu pai sempre teve um peso. Não só pelo tamanho, pela madeira escura ou pelo cheiro permanente de fumo e silêncio , mas pelo que ele representa. Um trono de veludo e aço onde decisões são feitas, vidas são mudadas… ou encerradas.

Entrei sem pedir licença. Nunca precisei, mas sempre hesitei. A presença dele me impunha algo difícil de descrever. Talvez fosse medo disfarçado de respeito. Ou respeito disfarçado de raiva.

Ele estava ali, como sempre sentado em sua poltrona de couro, copo na mão, olhos no fundo de nada. Mas quando me viu, ergueu o olhar com calma. E no fundo daquela expressão cansada, havia atenção. Uma atenção que ele só usava quando a coisa era séria.

— Ele está avançando — comecei. — Marco Ricci e seu cachorro criado , não está mais nas sombras. Está se infiltrando, comprando gente, desestabilizando tudo o que construí.

— Eu sei — ele respondeu com aquela voz baixa, afiada como lâmina embainhada. — Já perdi dois homens. Marco está testando o ter
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