capítulo 86

Vincent

Eu enterrei meu pai com as mãos sujas de sangue e o coração partido em mil pedaços.

O velho sempre dizia que morreria em guerra. Que o descanso não era pra homens como ele, forjados no fogo da máfia, moldados pela dor, pelo instinto, pelo sangue. Mas por mais que eu tenha escutado essas palavras a vida inteira, nada me preparou para vê-lo cair.

Dom Mangano. O último dos gigantes. Meu pai. Ele morreu como viveu lutando. Protegendo o que amava. Defendendo a honra até o último fio de voz. E eu estava lá. Eu ouvi sua última palavra. Lute.

Mas como se luta com um buraco no peito?

Domenico ainda não entende. Ele sorri com a inocência de quem carrega um nome maior do que pode suportar. Olho pra ele e vejo o futuro... mas também vejo meu pai. A expressão séria, o queixo firme, a faísca nos olhos. Ele é um Mangano. E isso é uma bênção. E uma maldição.

Mirella segura minha mão nas madrugadas em que acordo suando frio, os olhos buscando por um vulto que não está mais aqui. Ela é forte.
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